Após sucessivas quedas ao longo deste ano, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) voltou a dar sinais de recuperação no Paraná. O índice, calculado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio PR, registrou em julho a primeira alta do ano, chegando a 90,1 pontos. Em agosto, o movimento positivo se repetiu, com novo avanço para 90,4 pontos.
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Apesar da sequência de elevações, o indicador ainda se mantém abaixo do patamar considerado de otimismo (100 pontos) e também inferior à média nacional, que está em 102,9 pontos.
Os maiores avanços mensais ocorreram nos quesitos em que os consumidores vinham demonstrando os menores níveis de satisfação, sinalizando uma possível retomada da confiança. A avaliação sobre o Momento para Duráveis apresentou a maior alta, de 6,4%, alcançando 58,5 pontos. Em seguida, vieram Acesso ao Crédito (64,5 pontos | +1,5%), Perspectiva de Consumo (61,8 pontos | +1,3%) e Nível de Consumo Atual (97,8 pontos | +0,9%). Embora as variações indiquem melhora, todos esses itens seguem entre os mais baixos da pesquisa, revelando ainda certa cautela das famílias.
Apesar da alta de intenção de consumo, emprego cai
Por outro lado, os subindicadores de maior pontuação recuaram entre julho e agosto. O Emprego Atual caiu 0,4%, mas ainda permanece em um nível considerado favorável, com 108,6 pontos. A Renda Atual, embora apresente a melhor pontuação da pesquisa, com 146,5 pontos, reduziu 1,1%. Já a Perspectiva Profissional marcou 95,3 pontos, registrando queda de 1,6%.
O índice apresentou melhora em todas as faixas de renda, mas com diferenças relevantes. Entre as famílias com rendimento acima de 10 salários mínimos, o ICF atingiu 98,8 pontos, alta mensal de 0,3%, ficando próxima ao nível de otimismo. Já no grupo de menor renda, o índice é de 88,6 pontos, com crescimento um pouco maior, de 0,4% no mês.