A Petrobras não vai mais competir com o biodiesel por um espaço no Projeto de Lei do Combustível do Futuro, informou o diretor de Sustentabilidade e Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim. A ideia agora é aproveitar os 3% reservados para o HVO, combustível também produzido pela estatal, para incluir o diesel coprocessado (Diesel R), explicou.

“A gente está querendo que ele entre não para competir com o biodiesel, a gente quer que ele entre competindo com nós mesmos na produção do HVO. A ideia é que o diesel coprocessado, que é o diesel renovável (Diesel R) entre na faixa dos 3% que hoje está reservada para o HVO”, disse o diretor após participar do Seminário Internacional Transição Energética no Mar, promovido pela Fundação Getulio Vargas e pelo BNDES.

A Petrobras vinha brigando por um mandato para o seu Diesel R, coprocessado com óleos vegetais na proporção de 5%, na mistura do diesel, atualmente com adição de 14% do biodiesel e que pelo Projeto de Lei pode chegar a 20%.

O setor de biodiesel reagiu à entrada do novo produto da Petrobras, com apoio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) , que não reconheceu o Diesel R como combustível renovável na semana passada.