
A nova edição do Índice Ipardes de Preço Regional (IPR), divulgado ontem, confirmou a tendência de queda dos preços de alimentos em todo o Paraná. Em julho, segundo a pesquisa, os preços no Estado caíram 0,72%. É a segunda queda consecutiva no índice, que em junho, ainda com a metodologia antiga, tinha registrado variação de –0,53%.
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) lançou ampliou o número de cidades e produtos pesquisados. O levantamento, que até então abrangia seis, passou a analisar os preços em nove municípios, enquanto que o número de produtos passou de 35 para 91.
O Paraná é o único estado do Brasil que apresenta um índice de preços de alimentos e bebidas por regiões. Para o secretário do Planejamento, Ulisses Maia, as novidades no IPR aumentam a relevância dos dados que serão apurados pelos técnicos do Ipardes.
“Estas ampliações possibilitarão um levantamento mais completo e preciso sobre os preços dos alimentos e bebidas nas diferentes regiões do Estado”, disse o secretário.
A redução dos preços foi puxada, principalmente, pela safra de tubérculos, raízes e legumes.
Com uma maior oferta destes produtos, como batata e cebola, o subgrupo destes alimentos teve variação negativa de 12,05% no mês. Na sequência, as maiores quedas de preço foram registradas pelos ovos de galinha (-5,68%) e cereais (-3,51%). Dos 18 subgrupos alimentares pesquisados, 10 registraram quedas.
“Mais da metade dos subgrupos de alimentos registraram queda, confirmando uma tendência iniciada em junho. Por este comportamento, podemos esperar que esta redução de preços se mantenha pelos próximos meses”, afirmou o diretor de estatística do Ipardes, Marcelo Antônio.
Em relação aos municípios, a maior queda nos preços em julho aconteceu em Foz do Iguaçu, com variação de –1,09%, seguido por Londrina (-0,92%), Curitiba (-0,89%), Maringá (-0,87%), Umuarama (-0,86%), Ponta Grossa (-0,69%), Cascavel (-0,67%), Pato Branco (–0,34%) e Guarapuava (-0,20%).
Os resultados do IPR estão disponíveis no painel interativo no site do Ipardes, na aba de estatísticas.