Posto de combustível. Imagem ilustrativa (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)

O presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro), Alexandro Guilherme Jorge, fez críticas ao aumento da gasolina no Paraná. Em Curitiba, o preço médio era de R$ 6,35 até o domingo (2), mas nesta terça-feira (4) vários postos estavam com o preço a R$ 6,99.

Um dos motivos foi a mudança no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), prevista para entrar em vigor no sábado (1/2). O reajuste da alíquota do imposto era de R$ 0,10, mas o aumento da gasolina nos postos chegou a R$ 0,60 ou mais.

“Infelizmente a gente tem visto, depois da privatização da BR Distribuidora, um avanço, principalmente na região sul e em especial nas capitais”, disse Jorge. “Teve o aumento definido pelos governadores, de 10 centavos no ICMS. Quando vê um repasse seis vezes maior, isso não se justifica, a não ser pelo apetite, pela maior margem de lucro, tanto de postos quanto de distribuidores”.

Para Jorge, esse aumento de R$ 0,60 não tem justificativa técnica nem econômica. “Já tem um tempo que a Petrobras não aumenta os preços (na refinaria). E não tem justificativa econômica dos custos de nenhuma dessas áreas do processo”, afirmou ele. “A gente está precisando de um Procon mais atuante, de uma ANP (Agência Nacional do Petróleo) mais atuante para esses aumentos definidos. Isso é papel do poder público”.

Mais cedo, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, derivados de Petróleo, Gás Natural (Paranapetro) se manifestou sobre o aumento. Em nota, afirmou que “os postos não podem comprar diretamente de refinarias – são obrigados a comprar das distribuidoras. Assim, o principal fator para variação de valores é a política de preços das distribuidoras”.