Empresa, em parceira com ACNUR, contrata refugiados em Curitiba. (Reprodução)

Com 600 refugiados em seu quadro de colaboradores, nas unidades de Curitiba e São Paulo, empressa de contact cente, Foundever, tem uma parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). O objetivo é ajudar na reinserção social de refugiado. Para isso, recruta, capacita e desenvolve profissionais, incluindo mães solo, pessoas com mais de 50 anos, jovens e outras minorias.

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A empresa, uma das líderes na contratação formal de refugiados no Brasil, assinou recentemente um compromisso com o Pacto Global da ONU para ampliar esse número para 1.000 pessoas nos próximos anos.

A marca também esteve presente no evento Cartagena +40, promovido pelo ACNUR, ao lado de chefes de Estado da América Latina e do Caribe, como uma das únicas empresas “porta-voz referência” para discutir a inclusão de refugiados no mercado de trabalho.

“Estamos nos dedicando ao máximo para admitir novos refugiados de diversas nacionalidades. Nosso compromisso é desenvolver cada pessoa com capacitação personalizada e treinamento acessível, de acordo com suas necessidades. E, claro, proporcionar um ambiente acolhedor, oferecendo apoio psicológico e o que mais for necessário”,

afirma Laurent Delache, CEO da Foundever no Brasil.

Refugiado venezuelano veio de Roraima para Curitiba

Wilfredo Rondon, 22 anos, também é refugiado venezuelano e chegou ao Brasil há cerca de três anos em busca de melhores oportunidades para si e para sua família. Na Venezuela, cursou dois anos de medicina, mas precisou interromper os estudos devido à crise econômica.

Ao chegar ao Brasil, morou por três meses em Roraima e depois mudou-se para Curitiba, onde teve contato com a cultura brasileira e aprendeu o idioma com o apoio das pessoas ao seu redor.

Hoje, Wilfredo é agente de atendimento na unidade da Foundever em Curitiba, onde encontrou um ambiente de desenvolvimento e ferramentas de apoio.

“Minha principal meta é seguir evoluindo, tanto na vida pessoal quanto na profissional, aprimorando o meu idioma e construindo uma trajetória sólida”, diz.

Venezuelana foi contratada em 2019

Richeily Hernandez, 33, conhecida como Rich na empresa em que trabalha, é uma refugiada venezuelana que está no Brasil desde 2018, após deixar seu país em meio à crise econômica. No início, ela não falava português e precisou se adaptar à nova realidade. Durante sua trajetória no Brasil, trabalhou como diarista, fez um curso de bolos de pote e, com esforço, aprendeu a língua portuguesa.

Formada em Administração de Empresas, tinha experiência como analista de crédito em banco, e queria retornar para a atuação em sua área. A oportunidade surgiu quando conheceu a Foundever, empresa líder global em contact center. Foi contratada em 2019, como analista de pesquisas e logo foi promovida a supervisora – função que exerce há três anos.

Richeily chegou ao Brasil antes de muitos, mas faz parte do grupo de 122,6 milhões de pessoas que foram forçadas a se deslocar apenas em 2023. O ACNUR, principal instituição da ONU no Brasil responsável por promover o acolhimento de grupos que necessitam de abrigo, informa que o país reconheceu o status de refugiado de mais de 50 mil pessoas no mesmo ano — sendo a maioria da Venezuela (29.467), segundo o relatório Refúgio em Números.

“A Foundever foi meu primeiro emprego formal no Brasil e, também, o lugar onde me senti verdadeiramente acolhida. É uma surpresa positiva não apenas ter um trabalho, mas, também, encontrar espaço para crescer dentro da empresa. Hoje, continuo investindo no meu desenvolvimento, fazendo curso de inglês para me tornar trilíngue, e tenho como objetivo conquistar um cargo de supervisora sênior”,

conta Richeily.

Desafios e rede de apoio a refugiados

Atualmente, diversas empresas têm se unido ao ACNUR para intensificar as contratações de grupos vulneráveis de diferentes nacionalidades que chegam ao Brasil. O apoio vem por meio do Fórum Empresas com Refugiados, que, em parceria com importantes entidades, já promoveu a contratação em regime CLT de 12.030 pessoas refugiadas e migrantes.

Na Foundever, o programa de contratação – constantemente atualizado para aprimorar o recrutamento, a capacitação e a promoção de pessoas em refúgio – gerou impacto positivo na agenda interna da companhia. A empresa criou um comitê de diversidade, equidade e inclusão, além de promover rodas de conversa mensais com grupos minorizados para aperfeiçoar as práticas de gestão e inclusão.

“Essas trocas culturais no ambiente de trabalho trouxeram mudanças significativas na governança, cultura e gestão de pessoas de forma geral. Estabelecemos uma comunicação mais transparente, implementamos novas políticas contra assédio, e tivemos melhorias na satisfação e retenção de talentos. Ganhamos muito ao apoiar esses grupos, que têm tanto a nos oferecer. Somos eternamente gratos”,

reforça o CEO Laurent Delache.

O que é contact center?

Contact center é o conceito que define um modelo de atendimento multicanal . Em outras palavras, consiste no suporte e na construção de relacionamento com os consumidores via chat, SMS e mídias sociais, por exemplo.

Sobre a Foundever

A Foundever é líder global no mercado de customer experience (CX). Com 150.000 colaboradores ao redor do mundo, somos o time por trás das melhores experiências para as maiores marcas globais digital-first. Nossas soluções inovadoras de CX, tecnologias e especialidades são projetadas para apoiar as operações dos clientes e oferecer uma experiência perfeita aos consumidores nos momentos que mais importam.

Oferecendo suporte a mais de 9 milhões de interações com clientes diariamente, em mais de 60 idiomas e em 45 países, a Foundever combina força e escala global com agilidade, uma abordagem empreendedora e uma cultura liderada por seus fundadores — permitindo que empresas de todos os portes e setores transformem sua experiência do cliente. Saiba mais em: www.foundever.com