Economia Entre os melhores em 2022

Renda média do curitibano chega a R$ 4,6 mil e a do paranaense é de R$ 3,1 mil

Valores da Capital e do Estado são superiores à média nacional e estão entre os melhores do País, segundo o Censo do IBGE de 2022

Redação Bem Paraná
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Capital e Estado apresentam boa empregabilidade, o que faz aumentar a renda (Guilherme Wille)

As rendas médias dos trabalhador de Curitiba e do Paraná eram, em 2022, muito superiores ao salário mínimo na época, de R$ 1.212. Entre as capitais, Curitiba era a quarta com o maior rendimento médio: R$ 4.662,13. A capital paranaense só ficou atrás de Vitória (ES), R$ 5.242,06; Florianópolis (SC), R$ 5.201,75; e Brasília (DF), R$ 4.714,58.

Os dados integram um novo recorte do Censo Demográfico 2022 divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Paraná também apresentava um quadro salaraial elevado para o padrão nacional. Enquanto o rendimento médio mensal das pessoas ocupadas no País foi de R$ 2.850,64, a média do Paraná foi de R$ 3.151,59, o que representa um rendimento médio 9,55% acima do patamar brasileiro.

O Estado registrou Índice de Gini – criado para medir a concentração de renda – de 0,482, o segundo menor do Brasil, atrás apenas de Santa Catarina (0,452), enquanto o indicador nacional foi de 0,542. Quanto menor o índice, menor é a desigualdade de renda.

Com 60,3% das pessoas de 14 anos ou mais ocupadas, o Paraná aparece entre os quatro estados com maior nível de ocupação do Brasil, ao lado de Santa Catarina (63,5%), Distrito Federal (60,4%) e empatado com Mato Grosso (60,3%).

Além disso, o Estado registra baixo percentual de população com renda muito baixa: apenas 5,7% dos moradores vivem em domicílios com rendimento per capita de até um quarto de salário mínimo, contra 13,3% no Brasil. O resultado coloca o Paraná na vice-liderança nacional, atrás apenas de Santa Catarina, cuja proporção é de 3,8%.

O levantamento também mostra que entre as capitais brasileiras, Curitiba é a terceira em percentual da população economicamente ativa ocupada, atrás apenas de Palmas (TO) e Florianópolis (SC).

A capital paranaense tem 62,39% de seus habitantes como força de trabalho ocupada, ou seja, cerca de 939.353 habitantes da cidade trabalham se considerada uma população de 1.505. 499 pessoas com mais de 14 anos. Entre os tocantinenses são 66,92% e os catarinenses, 63,32%.

Paraná tem o maior contingente de trabalhadores em outros países

O Paraná tem o maior número do Brasil de trabalhadores que se deslocam do município de residência para outro país a trabalho, aponta o novo recorte de Censo 2022, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que trata sobre deslocamentos para trabalho e estudo. São 6,2 mil pessoas nessa condição no Estado, 0,11% em relação ao total de 5,6 milhões de pessoas ocupadas em 2022, ano de referência da pesquisa.

O número pode ser explicado devido ao fato de o Paraná fazer fronteira com dois países: a Argentina e o Paraguai, sendo que no segundo caso trata-se da mais movimentada do País, onde passam mais de 40 mil veículos pela Ponte da Amizade todos os dias. Rio Grande do Sul, com 5,2 mil pessoas que trabalham em outro país, e São Paulo, com 4,3 mil, aparecem na sequência. Em todo o Brasil, são 32 mil trabalhadores que cruzam a fronteira por motivos de trabalho.

A cidade de Foz do Iguaçu, no Oeste, tem 3,21% dos moradores com local de exercício do trabalho principal em um país estrangeiro, seguido pela vizinha Santa Terezinha do Itaipu, com 1,84%.

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