Economia Produtor

Sabia que o Paraná é um dos grandes produtores no Brasil de carne de peru?

AEN editado por Mario Akira
carne de peru

Paraná teve maior crescimento do Brasil nas exportações de carne de peru de janeiro a julho (Foto: SEAB)

O Paraná é um dos estados destaque na produção de carne de peru. O Estado teve o maior crescimento porcentual em exportação do produto nos sete primeiros meses do ano do Brasil. O aumento foi de 5,5% em volume, contrastando com a retração de 11% registrada pelo País.

Em receita cambial o Paraná arrecadou 21,3% a mais, bastante superior aos 2,5% de alta em âmbito nacional.

O Agrostat Brasil, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o comércio exterior do setor agropecuário, apontou que entre janeiro e julho de 2025 as empresas brasileiras exportaram 30.141 toneladas, com receita de US$ 81,832 milhões. No ano anterior tinham sido 33.851 toneladas e US$ 83,914 milhões em divisas.

“O Brasil não é um dos maiores produtores mundiais de peru, mas a atividade desempenha um papel significativo no mercado interno e também na exportação”, comentou o veterinário Roberto Carlos Andrade e Silva no Boletim de Conjuntura Agropecuária, do Departamento de Economia Rural (Deral), referente à semana de 5 a 11 de setembro.

O Paraná é o terceiro produtor e exportador, mas foi o único a aumentar o volume de exportação no comparativo com os sete primeiros meses do ano passado, quando enviou 7.244 toneladas ao Exterior, faturando US$ 17,932 milhões. Este ano foram 7.642 toneladas a um valor de US$ 21,746 milhões.

Santa Catarina, que lidera o segmento no Brasil, reduziu de 14.537 toneladas para 13.300 (menos 8,5%), embora tenha aumentado em 8,9% a receita cambial, de US$ 35,524 milhões para US$ 38,691 milhões. O Rio Grande do Sul reduziu em 25,6% o volume, de 12.051 para 8.962 toneladas, e em 31,4% o faturamento, de US$ 30,383 milhões para US$ 20,834 milhões.

O principal destino da carne de peru brasileira nos primeiros sete meses de 2025 foi o México, com 4.529 toneladas. É seguido pelo Chile (3.129 toneladas), África do Sul (2.734 toneladas), Países Baixos (2.062) e Peru (2.039 toneladas).

ABACATE – O boletim feito pelo Deral analisa ainda a exportação de abacate brasileiro. Ainda que seja um dos principais produtores da fruta, colocando-se na sétima posição mundial, com 4% dos volumes colhidos em 2023, figurou como o 18º em exportação, com 26,2 mil toneladas.

EUA – Ainda em relação às exportações, o documento apresenta uma análise do agrônomo Carlos Hugo Godinho sobre as consequências das tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos. No Paraná, o setor mais impactado foi o madeireiro, com menos US$ 25 milhões de divisas em relação a agosto do ano passado.

Pela análise, o segmento cafeeiro foi menos impactado financeiramente devido ao alto preço do produto, mas os exportadores também conseguiram diversificar os destinos, com destaque para México, El Salvador e Colômbia. Já a bovinocultura avançou, com forte alta em sebo e ganhos em couros e gelatina.

OVOS – No primeiro semestre de 2025 a produção nacional de ovos chegou a 2,447 bilhões de dúzias. O desempenho corresponde a uma elevação de 7,6% sobre as 2,273 bilhões de dúzias do mesmo período do ano passado. O Paraná apareceu na terceira colocação, com 231,278 milhões de dúzias, o que corresponde a 9,5% do total. O volume foi 1,8% superior às 227,079 dúzias de 2024. A liderança é de São Paulo, que produziu 662,371 milhões de dúzias, seguido de Minas Gerais, com 239,622 milhões de dúzias.

SOJA – A partir desta quinta-feira (11) está liberada a emersão das plantas de soja na Região 3, que compreende o Sudoeste do Paraná. Na Região 1, onde estão os municípios mais ao sul, o vazio sanitário termina no dia 20 de setembro.

A Região 2, que foi liberada desde o dia 1.º e engloba Norte, Noroeste e Oeste, ainda está com plantio tímido. Até o momento foram semeados 17,4 mil dos 5,8 milhões de hectares previstos para a safra.

MILHO – Os trabalhos de colheita do milho de segunda safra 2024/25 estão praticamente encerrados no Paraná, com 96% dos 2,79 milhões de hectares já liberados. De outra parte, o plantio da primeira safra no ciclo 2025/26 avançou para 24% dos 315 mil hectares projetados. As condições de campo são boas para 98% das lavouras, e medianas para o restante.