Colheita de milho na região de CAmpo Mourão, norte do Paraná – colheitadeira colhendo milho –
Colheita de milho (Foto: Albari Rosa/Arquivo AEN)

O Paraná teve a terceira maior alta na estimativa de produção agrícola em setembro de 2025, com um acréscimo de 122 mil toneladas em relação a agosto. O dado faz parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta terça-feira (14) pelo IBGE.

Entre os estados que mais registraram crescimento, estão Mato Grosso (258 mil t), Tocantins (186 mil t), Rondônia (86 mil t), Goiás (69 mil t) e Sergipe (48 mil t). Já as maiores quedas foram observadas na Bahia (-43,3 mil t), Ceará (-39,8 mil t), Maranhão (-37,1 mil t) e Rio Grande do Sul (-28,8 mil t).

O Paraná é o segundo maior produtor de grãos do Brasil, com participação de 13,5%, atrás apenas de Mato Grosso, que tem 32,4%. Goiás (11,3%), Rio Grande do Sul (9,4%), Mato Grosso do Sul (7,4%) e Minas Gerais (5,5%) completam a relação dos principais produtores. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada em setembro para 2025 deve totalizar 341,9 milhões de toneladas (sendo 46 milhões de toneladas no Paraná), 16,8% maior do que a obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas), e 0,2% acima da informada em agosto.

Entre os destaques da evolução no Estado em relação de agosto estão feijão, cevada e milho. O Paraná é o segundo maior produtor brasileiro de milho 2ª safra, participando com 15,5% do total. A produção deve alcançar 17,4 milhões de toneladas, crescimentos de 0,2% em relação a agosto e de 38,3% em relação ao ano anterior. 

O Paraná também é o maior produtor nacional de feijão, prevendo uma produção de 841,0 mil toneladas ou 27,3% de participação, seguido por Minas Gerais com 474,2 mil toneladas ou 15,4% de participação e Goiás com 373,6 mil toneladas ou 12,1 % de participação. O feijão representa 0,9% de toda a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, ocupando 3,3% do total de área cultivada, aproximadamente 2,7 milhões de hectares.

Em relação à cevada, o Paraná deve produzir 449,4 mil toneladas, crescimentos de 2,2% em relação a agosto e de 56,5% em relação a 2024, devendo participar com 79,3% na safra brasileira em 2025. O Rio Grande do Sul aparece na sequência com uma produção de 95,0 mil toneladas, declínio de 12,9% em relação ao volume produzido em 2024. A produção gaúcha deve representar 16,8% do total da cevada produzida.

Em nível nacional, em relação a agosto, houve aumentos nas estimativas da produção do tomate (4,3% ou 189 710 t), do café canephora (4,2% ou 49 513 t), do algodão herbáceo-em caroço  (3,7% ou 351 683 t), do feijão 2ª safra (3,2% ou 40 096 t), da cevada (1,7% ou 9 600 t), da mandioca (1,2% ou 253 320 t), do trigo (1,0% ou 76 602 t), do feijão 3ª safra (0,8% ou 6 565 t), do milho 2ª safra (0,3% ou 352 880 t), do milho 1ª safra (0,2% ou 61 573 t), do sorgo (0,1% ou 4 717 t), do arroz (0,0% ou 2 151 t), entre outros.

Dados do Deral

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, que também mede a evolução da produção a partir de dados mais completos e personalizados, o Paraná deve colher 46,3 milhões de toneladas de grãos ao final da safra 2024/2025, um recorde para o Estado. A previsão do Departamento fica bem acima da safra de grãos de 23/24 (38,48 milhões de toneladas) e supera o recorde da safra 22/23 (45,48 milhões de toneladas).

De acordo com o Deral, o Paraná colheu 21 milhões de toneladas de soja no último ciclo. A produção recorde de milho (20,4 milhões toneladas) e feijão (841 mil toneladas) também colaborou para o patamar histórico desta safra. O Estado ainda colheu 136 mil toneladas de arroz e 44,9 mil toneladas de café na safra 24/25.