Saiba qual é o setor que mais gera empregos no Paraná

Josianne Ritz
Comercio

(Geraldo Bubniak/AEN)

O comércio foi o setor que mais gerou empregos no Paraná no mês de junho, segundo o Boletim do Emprego da Fecomércio PR, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O comércio registrou saldo positivo de 1.626 novos postos de trabalho, crescimento de 25,9% em comparação a junho de 2024, quando o saldo havia sido de 1.291 vagas. Foi o único setor com desempenho superior ao do mesmo período do ano anterior.

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Já o setor de serviços, embora tenha registrado o maior número absoluto de novas vagas no mês (7.629), apresentou queda de 3,9% em relação ao saldo de junho do ano passado. Para o assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, o movimento indica uma fase de acomodação do mercado de trabalho. “Depois de um crescimento expressivo em 2024, o setor de serviços dá sinais de estabilização na criação de vagas, refletindo um cenário de menor aceleração da atividade econômica no país”, analisa.

Empregos no Paraná: saúde e assistência social em alta

Ainda assim, serviços específicos seguem em expansão, como aqueles ligados à saúde humana e assistência social, que lideraram o saldo de empregos em junho, com aumento de 176,3% na geração de postos formais.

No total, o Paraná gerou 9.377 novos empregos com carteira assinada em junho de 2025, resultado de 162.705 admissões e 153.328 desligamentos. Apesar do saldo positivo, o número representa queda de 32,2% em comparação com junho de 2024.

Empregos no Paraná: indústria e agropecuária

A indústria registrou saldo de 1.369 vagas, com redução de 54,4% frente ao mesmo mês do ano anterior, quando o saldo foi de 3004 empregos. A agropecuária apresentou leve recuo, com saldo negativo de 54 vagas, e o setor de construção civil também teve retração, com supressão de 751 postos de trabalho. “A construção é um dos setores mais sensíveis ao ambiente macroeconômico. O encarecimento do crédito e a elevação das taxas de juros impactam diretamente o volume de investimentos e dificultam a manutenção do ritmo de contratações”, explica Dezordi.

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