cyber-4610993_1280
Foto:ç Pixabay

O Paraná se destaca como uma potência econômica em ascensão, ocupando a posição de terceiro estado que mais investiu em infraestrutura rodoviária entre 2023 e 2024, ficando atrás apenas de São Paulo e Bahia. O Paraná também ocupa o quarto maior PIB do Brasil e, conforme dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES), com base nas informações fornecidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), foi o quinto maior exportador do país em 2024. Contudo, o crescimento do estado também é acompanhado de uma ameaça crescente para quem atua no setor de transporte de cargas: os ataques cibernéticos.

De acordo com o Relatório de Inteligência de Ameaças da NetScout, divulgado no ano passado, o Brasil é o segundo país do mundo mais afetado por ataques cibernéticos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2023, o número de ataques aumentou 8,86%, e, segundo o estudo, o setor de transporte de cargas foi o segundo mais impactado, com 25.620 ocorrências registradas apenas no primeiro semestre de 2024.

Em resposta a esse cenário, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (SETCEPAR) tem promovido ações de conscientização entre seus associados, oferecendo materiais sobre cibersegurança e outras informações relacionadas. O presidente da entidade, Silvio Kasnodzei, destaca que o alto índice de ocorrências no setor é um alerta para a necessidade de estratégias eficientes de segurança digital no transporte de cargas.

Kasnodzei reforça que os ataques cibernéticos podem prejudicar a reputação das empresas e gerar grandes perdas financeiras, pois os criminosos frequentemente usam os dados roubados para extorquir as transportadoras. “Os ciberataques podem interromper operações essenciais, causando perda de produtividade e atrasos nas entregas. Além disso, informações sensíveis podem ser usadas para criar identidades falsas, facilitando fraudes como o desvio de cargas”, explica o presidente.

Para combater esses crimes, o Brasil é um dos países que mais investe em cibersegurança na América Latina. Em 2024, o investimento foi superior a US$ 3,3 bilhões, e espera-se que esse valor chegue a US$ 5,46 bilhões até 2029. Nesse contexto, o SETCEPAR busca ajudar as empresas do setor a se protegerem de ataques cibernéticos, incentivando a realização de treinamentos frequentes para os funcionários sobre segurança digital e a adoção de boas práticas, como o uso de senhas fortes e autenticação de dois fatores.

“É fundamental que o setor privado e público invistam mais em tecnologias de segurança cibernética, como firewalls e softwares de proteção. Além disso, fortalecer as parcerias entre os dois setores e colaborar com o judiciário é essencial para uma resposta mais eficaz contra crimes cibernéticos”, conclui Kasnodzei.

Sobre o SETCEPAR:

Fundado em 1943, o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (SETCEPAR) representa as empresas do setor rodoviário de transporte de cargas no estado. A entidade atua em diversas frentes, incluindo negociações trabalhistas e aproximação com autoridades públicas e privadas. Com 80 anos de história, o SETCEPAR hoje representa empresas em 265 cidades do estado e oferece aos seus associados uma série de serviços e eventos voltados para o aprimoramento do transporte rodoviário de cargas, tanto local quanto nacional.