Transporte de cargas do Paraná pede socorro

Entidade representativa do setor se reúne hoje com os órgãos de segurança

Bem Paraná

Diretores da Federação da Empresas de Transportes de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) se reúnem hoje com representantes de órgãos estaduais, municipais e federais de segurança pública para cobrar soluções em relação ao grande número de roubos de cargas no estado. De acordo com a Fetranspar, são registradas de 25 a 30 ocorrências por mês, repassadas pelas empresas de transporte. A federação representa 22 mil empresas no Paraná.

Segundo a entidade, as cargas mais visadas pelos ladrões são cigarros, alimentos, pneus e produtos eletrônicos. A média de ocorrências se manteve estável ao longo do ano passado e, de acordo com a federação, as reclamações vêm de todo o Estado. Precisamos fazer algo consistente e em conjunto para combater esse crime, afirma o presidente da Fetranspar, Sérgio Malucelli. No Rio de Janeiro e em São Paulo, o roubo de cargas virou modalidade de crime que fugiu do controle e agora as ações para o combate serão ainda mais complexas e caras. Não queremos que nos próximos anos o Paraná viva o mesmo dilema.
Foram convidados para o encontro representantes da Divisão de Crimes contra o Patrimônio, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), da Polícia Militar e da Secretaria de Defesa Social de Curitiba.
Paraná no escuro — Segundo a assessoria da Fetranspar, uma reclamação que será levada às autoridades na reunião de hoje é a ausência de dados confiáveis em relação a esse tipo de crime no Estado. Publicado em abril deste ano pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), a pesquisa Quanto custa o roubo e o furto de cargas no Brasil informa que o prejuízo com este tipo de crime foi de R$ 6,1 bilhões, entre 2011 e 2016, em 23 estados da Federação. Só cinco estados não têm dados consolidados ou não enviaram os números — Paraná, Rondônia, Acre, Amapá e Roraima.