WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – O presidente americano, Donald Trump, orientou assessores a prosseguir com a taxação de US$ 200 bilhões (R$ 830 bilhões) em importações chinesas.
Com a medida, ele passa por cima das tentativas do secretário de Tesouro americano, Steven Mnuchin, de promover conversas com Pequim para resolver a guerra comercial entre os países, segundo a Bloomberg.
A orientação teria sido dada em reunião nesta quinta-feira (13) com Mnuchin, Wilbur Ross, secretário de Comércio, e Robert Lightizer, do Departamento de Comércio, segundo a reportagem.
Antes da reunião, Trump escreveu em uma rede social que “não estão sob pressão para fazer um acordo com a China”: “Eles que estão sob pressão para fazer um acordo conosco. Nossos mercados estão crescendo e os deles, colapsando”.
As reuniões entre autoridades americanas e chinesas para discutir a guerra comercial ainda não tiveram sucesso.
A última foi realizada em agosto, quando o subsecretário para assuntos internacionais do Tesouro, David Malpass, se encontrou em Washington com o vice-ministro chinês Wang Shouwen.
A divulgação da notícia levou a uma intensificação da queda no valor do yuan chinês em relação ao dólar no mercado cambial nesta sexta-feira (14).
Pouco após das 12 horas, havia caído 0,45%.
A lista com os produtos que ficarão sujeitos à nova rodada de tarifas, de 25%, ainda não foi divulgada.
A administração Trump está considerando ponderações que surgiram durante a fase de consultas públicas, que terminou na última semana.
O governo dos Estados Unidos já impôs taxas de 25% sobre US$ 50 bilhões (R$ 209 bilhões) em importações da China.
O país asiático, em resposta, retaliou com tarifas equivalentes.
Na última semana, o republicano ameaçou sobretaxar outros US$ 267 bilhões (mais de R$ 1 trilhão) em importações chinesas, o que significaria impor tarifas sobre praticamente tudo o que o país asiático exporta para os Estados Unidos.
Segundo o governo americano, a balança comercial com a China é de US$ 505 bilhões (R$ 2,2 trilhões).
Trump disse que as tarifas poderiam entrar em vigor em pouco tempo “caso ele quisesse”, mas a lista de produtos que ficariam sujeitos à medida ainda não foi publicada.