Educação À mão

Mesmo em tempos tecnológicos ensinar letra cursiva é essencial para a criança

Editado por Mario Akira
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Escrever à mão: letra cursiva (foto: Aloir Fernando/Colégio Joseense)

Por que ensinar letra cursiva ainda é essencial para o futuro das crianças? A pergunta em tempos tecnológicos é pertinente.

No cenário atual da educação, em que a tecnologia está cada vez mais presente no dia a dia, ensinar a letra cursiva pode parecer, à primeira vista, algo secundário. No entanto, a neurociência aponta que a prática da escrita cursiva é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, motor e social das crianças.

Mais do que uma habilidade estética, a cursiva ajuda a estruturar processos importantes para o aprendizado. O movimento contínuo de traçar letras exige coordenação motora fina, atenção e disciplina, elementos que contribuem diretamente para a autonomia da criança. Além disso, pesquisas indicam que o uso da letra cursiva fortalece a memória e amplia a capacidade de organização do pensamento, já que o cérebro estabelece conexões mais sólidas entre o que é escrito e o que é aprendido.

“A letra cursiva desenvolve a coordenação motora fina e estimula áreas cerebrais cruciais para a aprendizagem e a memória.

Escrever à mão deve ter a escrita cursiva presente. Desenvolve laços que as telas não substituem. A letra cursiva é fundamental no processo de alfabetização”, explica Rogéria Sprone, especialista em Ensino e Educação e diretora pedagógica do Colégio Joseense, em São José dos Campos/SP.

Outro aspecto essencial é o impacto positivo no ritmo e na fluidez da escrita. Ao unir as letras em um traçado único, a criança desenvolve mais rapidez e clareza na comunicação escrita. Isso resulta em textos mais coesos e melhora a legibilidade, habilidades importantes tanto para o ambiente escolar quanto para a vida adulta.

“Esse contato com diferentes estilos gráficos facilita a compreensão de textos variados, desde livros didáticos até documentos do cotidiano. A prática da letra cursiva também colabora para o processo de alfabetização. Ao diferenciar os formatos de letras, a criança amplia seu repertório e se torna mais versátil na leitura e na escrita”, complementa Rogéria Sprone.

Em uma sociedade cada vez mais digital, resgatar e valorizar a letra cursiva é um compromisso com a formação integral dos alunos. Escrever à mão, especialmente em cursiva, não é apenas preservar uma tradição, mas investir em habilidades que fortalecem a concentração, a criatividade e a expressão individual.

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