clubes de ciencia
Incentivo à ciência nas escolas (Foto: Fundação Araucária)

A Rede de Clubes de Ciência é uma iniciativa que vai apoiar a implantação de Clubes de Ciências em escolas estaduais por todo o Paraná. A ideia é integrar essas unidades escolares com as universidades para que se possa construir o conhecimento científico coletivamente e contribuir para a melhora da cultura científica em nosso Estado. Se você é gestor de uma escola estadual e quer fazer parte dessa iniciativa, acesse o Edital. As inscrições estão abertas e encerram na próxima sexta-feira (9).

Todas as escolas estaduais do ensino fundamental, médio, educação para jovens e adultos, do campo, quilombola ou indígena podem enviar propostas. “A proposta é oferecer aos estudantes da educação básica a oportunidade de um treinamento científico, especialmente para o pensamento crítico. Ajudá-los a entender como encontrar soluções para problemas a partir de método científico. O desenvolvimento do aluno por meio da participação dele no processo é o nosso objetivo principal”, explica a professora doutora Débora de Mello Gonçalves Santana, uma das coordenadoras da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência.

O projeto oportuniza a conexão entre os cientistas das universidades paranaenses e os estudantes das escolas de educação básica da rede estadual de ensino do Paraná, com projeto-piloto que prevê a implementação de 200 Clubes Paraná Faz Ciência ainda em 2024. Metade deles serão implantados em escolas em tempo integral e a outra metade em escolas de tempo parcial, para cobrir as duas modalidades de ensino da educação básica.

O governo do Estado está investindo R$ 23,5 milhões, em 30 meses. Isto é, será um projeto de dois anos e meio. Os recursos são da Fundação Araucária e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), em parceria com a Secretaria Estadual da Educação (SEED).

Benefícios e contrapartidas – Como apoio para a realização dos Clubes de Ciências, os professores receberão uma bolsa mensal de apoio técnico à extensão, no valor de R$ 770 mensais.

Os estudantes terão apoio no custeio de atividades de pesquisa, seja na compra de material de consumo ou de serviço de terceiros. O valor total, por Clube, é de R$ 20 mil, durante 30 meses. Além disso, cada escola terá disponível recursos de até R$ 10 mil para deslocamentos e participação em feiras de ciências.

O apoio pedagógico, do planejamento até a execução, será feito junto com as universidades. Doze instituições atuarão junto aos Clubes mais próximos delas, geograficamente. As equipes incluem professores, estudantes e bolsistas técnicos para apoiar a ação das escolas. Os grupos começaram a atuar já na estruturação do processo de seleção dos estudantes, no curso de formação para os professores sobre pesquisa na escola e em um curso de formação para os próprios estudantes das escolas, todos oferecidos pela Rede.

“Depois, haverá um acompanhamento em uma espécie de mentoria, no dia a dia dos Clubes, auxiliando no desenvolvimento de práticas, na orientação e, depois, na redação de resultados. A relação com o ensino superior ainda envolve a visitação a ambientes universitários, museus de ciências, laboratórios e, em algumas situações, será viabilizado o compartilhamento do uso de equipamentos universitários, equipamentos de pesquisa que temos na universidade e que possam ser usados de forma coletiva”, explica o outro coordenador da Rede, o professor Rodrigo Reis.

O professor lembra, também, que existe a previsão da realização de eventos em conjunto. Cada universidade vai acompanhar não só um Clube, mas, na verdade, entre seis e dez unidades.

“Teremos um grupo que estará caminhando em conjunto. Vai ter uma interação quase que natural pela distribuição Com isso, prevemos que de quatro a seis mil estudantes estarão vinculados diretamente aos projetos. A ideia é que cada Clube de Ciências tenha entre 20 e 30 estudantes, com um número médio de 25. Pensamos assim, respeitando o fato de que, às vezes, escolas mais distantes não consigam um número tão significativo, diferente das que estão em grandes centros e possam ter um pouco mais de integrantes”, detalha Reis.

Demais informações podem ser encontradas no site do Paraná Faz Ciência, na aba Clubes de Ciências. É possível ficar a par de todos os detalhes também pelas mídias sociais da Rede de Clubes Paraná Faz Ciência. Há ainda acesso a todo o processo no site da Secretaria Estadual de Educação (SEED), na área dos Clínicos de Educação.

“Estamos também tirando dúvidas por e-mail, [email protected]. Importante resgatar aqui quem quiser participar precisa se agilizar para não perder o prazo de inscrição. Todas as escolas estaduais podem enviar propostas. As que têm ensino fundamental, as que têm ensino médio, as que têm as duas formas, as que têm educação para jovens e adultos, educação do campo, quilombola, indígena”, reforça Débora Sant’ Ana.