Saúde mental das crianças preocupa educadores no retorno às aulas presenciais

Da Redação Bem Paraná com assessoria

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Preocupadas com os efeitos da pandemia na saúde emocional dos estudantes, as áreas de Educação Física e Psicologia Escolar do Colégio Positivo se uniram, por meio do projeto Positivo Mais Bem-Estar, para oferecer suporte psicológico, dinâmicas e atividades presenciais que propiciem o condicionamento físico, aumento da qualidade de vida, redução do estresse e da ansiedade, externalização de sentimentos e formação de valores morais e éticos. As aulas seguem as regras de distanciamento e todo o protocolo de segurança adotado pelo colégio. Na terça-feira (3), a escola começa a receber os alunos em atividades extracurriculares permitidas pelo decreto municipal de Curitiba.

Para os pais, o Colégio Positivo mantém um podcast, um blog e agora lançou a websérie “Sem Neura”, que traz, no canal do colégio no YouTube, informações, dicas e instruções sobre Educação, cuidados com a saúde física e mental, organização de rotina e dicas para lidar bem com as emoções no dia a dia. Segundo a supervisora do Serviço de Psicologia Escolar do Colégio Positivo, Maísa Pannuti, a iniciativa tem como objetivo auxiliar pais e responsáveis a conduzirem da melhor forma possível uma rotina adequada para crianças e jovens. “Cuidar da saúde mental e emocional em tempos de pandemia se tornou uma das prioridades não apenas dos pais, mas também das escolas. Estamos todos juntos nisso e precisamos trabalhar de forma a garantir que nossos estudantes se desenvolvam de forma saudável, com ensino presencial ou remoto”, afirma Maísa.

De acordo com o diretor geral do Colégio Positivo, Celso Hartmann, a realidade dos estudantes durante os últimos sete meses contribuiu bastante para o aumento de problemas emocionais que podem interferir no comportamento, no relacionamento e até no aprendizado dessas crianças. “Trocar relações de verdade por mensagens de texto, dormir mal por conta do excesso de estímulos dos eletrônicos e, ainda, trocar atividade física e exposição ao sol pelas telas são fatores de risco conhecidos para a saúde mental. Sem contar a mudança da rotina, o medo, as incertezas, a solidão, a distância da escola, a intensificação de problemas de relacionamento em casa, entre tantas alterações que passaram a fazer parte do dia a dia de muitos estudantes. Agora, não é possível abrir as portas da escola e fingir que nada aconteceu”, ressalta.

Segundo ele, muitos alunos já se acostumaram com as aulas remotas. Inclusive, mais da metade dos pais não pretendem enviar seus filhos para a escola este ano, segundo pesquisa da instituição realizada com mais de 5 mil familiares. “Caso não se sinta seguro, seja do grupo de risco, tenha suspeitas ou sintomas ou ainda tenha alguém em casa do grupo de risco, o recomendado é permanecer em casa”, lembra o diretor. Para os que optaram por voltar, os pais tiveram que assinar um termo de compromisso com os protocolos de saúde e segurança do colégio, além de apresentar a carteira de vacinação do aluno atualizada e um atestado médico de que o estudante não pertence ao grupo de risco e que pode frequentar aulas presenciais sem risco à saúde dos demais.