Sindicato e estudantes se mobilizam contra demissões de professores na Universidade Positivo

Josianne Ritz, Barulho Curitiba

Divulgação

Até às 17 horas, cerca de 60 professores de diversos cursos tinham sido demitidos da Universidade Positivo, segundo o Sindicato dos Professores de Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpes). De acordo com o presidente do sindicato, Valdyr Perrini, a previsão de que 300 professores fossem demitidos, levantada em grupos de whatsapp de professores e alunos, não deve se concretizar, mas mesmo assim, a situação é grave. Tanto o Sindicato, quanto os alunos já se mobilizam contra movimentação da universidade.

“Já pedimos a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e está agendada audiência para 23 de julho às 16 horas. Pretendemos a reversão das demissões ou ao menos o estabelecimento de indenização substitutiva, assim como a transparência nos criterios e na quantidade das rescisões!. Na quarta-feira que vem 22 de julho teremos assembleia virtual com toda a categoria para tratar dessas questões e da formulação de pauta de reivindicações para a CCT 2020/2021! Também estamos em contato com as entidades estudantis para uma mobilização conjunta”, disse o presidente do Sinpes à reportagem do Bem Paraná.

Indignados, os estudantes estão se mobilizando nas redes sociais. Em um perfil no Instagram, eles discutem a possibilidade de protesto e até mesmo de transferência em massa para outra instituição. Até o fim da tarde, os estudantes esperavam uma resposta da Universidade sobre as demissões e mudanças nos cursos. “Só hoje, mais de 50 professores – incluindo nomes importantes e fundamentais em algumas cadeiras do meu curso (medicina), foram desligados pela instituição, por exemplo. Nós alunos estamos a mercê e muito preocupados, o valor da mensalidade ultrapassa 8 mil reais por mês. Durante a pandemia não estamos frequentando o campus nem os hospitais escola, e, mesmo assim, a mensalidade continua integral e o salário dos funcionários não está sendo pago por inteiro (claramente a universidade não tem seguido o contrato). Estamos desesperados e entrando em contato com a mídia, grupos políticos e afins”, disse uma das estudantes, que não quis se identificar com medo de represálias da instituição.

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