
A decisão da Universidade Federal do Paraná (UFPR) de adiar, pela segunda vez, as datas do vestibular 2020/21, impactou negativamente os candidatos, postergou o sonho de ingressar em uma das mais importantes universidades do país, estendeu ansiedade, pressão e estresse por meses e maximizou sentimentos aflorados neste momento tão difícil. A prova da primeira fase do processo seletivo acontecerá no dia 28 de fevereiro de 2021, e as da segunda etapa – redação e discursivas -, nos dias 18 e 19 de abril, respectivamente.
Milhares de jovens e suas famílias estão se empenhando para manter o ritmo dos estudos e, ao mesmo tempo, trabalhar o equilíbrio emocional durante o isolamento social. Para o professor de História do Curso Positivo, Daniel Medeiros, a Federal jogou um balde de água fria sobre os alunos que, desde o dia 17 de março, estão confinados e tentam, apesar de todas as dificuldades tecnológicas e de ambientação, e também do próprio sofrimento do distanciamento, continuar focados nos estudos.
Ao elogiar o esforço e empenho dos alunos, Medeiros observa que a UFPR poderia ter feito um planejamento e uma logística cuidadosos para realizar o vestibular em janeiro de 2021, como estava proposto, mas, ao contrário, decidiu marcar nova data. “Aliás, uma decisão desalentadora, se considerarmos que quem for aprovado ingressará apenas na universidade, provavelmente, no segundo semestre do próximo ano”, prevê. O professor reforça que, apesar desse quadro, é preciso que os alunos mantenham o foco em direção ao ingresso no Ensino Superior. “A eles, quero pedir que não esmoreçam. E nós, professores, continuaremos entregando o melhor para eles”.