Pais que estão com os filhos na última série da Educação Infantil começam a se perguntar como agir para ajudar os filhos nessa transição. E esses questionamentos já começam a preocupar, no mínimo, alguns meses antes do fim do ano. Novas configurações na classe, novos professores, conteúdos mais complexos, mais autonomia nos estudos e mais exigência nas avaliações. A transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental I é um período repleto de mudanças para os alunos e para os seus pais. Não raro, as novidades geram empolgação, pois evidenciam crescimento, aprendizado e desenvolvimento.
No entanto, há também uma enorm2e carga de insegurança e ansiedade. O medo do desconhecido e do novo faz com que as crianças iniciem o Ensino Fundamental I temendo atividades avaliativas, bem como o aumento da autonomia em sala de aula e nos intervalos.
Os temores, em muitos casos, se estendem aos pais. Diante disso, como possibilitar que o começo de uma etapa tão importante da vida escolar ocorra de maneira mais tranquila? Em primeiro lugar, cabe lembrar que não existe um padrão.
Cada criança, em sua individualidade apresenta uma reação diversa. Há alunos que se adaptam rapidamente, mas existem também os que resistem, choram, rejeitam. Sendo a insegurança parte inerente do processo, é importante não negar esse sentimento. Expressar diferentes emoções diante do desconhecido faz parte do início do ano letivo.
A parceria selada entre família, escola e aluno faz toda a diferença para que essa reação seja controlada com o tempo. Cabe ao professor adotar uma postura acolhedora, transmitindo ao educando a segurança necessária para que ele consiga lidar de forma saudável com essa nova etapa.
A família também tem papel fundamental ao participar ativamente da transição, transmitindo estabilidade e firmeza à criança, para que se sinta protegida e propensa a encarar as mudanças que se apresentam. É necessário ainda proporcionar autonomia ao aluno, para que ele entenda que os pais estarão ao seu lado, mas que, neste momento ele precisa fazer um esforço para se adaptar à rotina escolar e superar esse desafio.
O tempo dessa adaptação varia de criança para criança, e a escola respeita a individualidade de cada aluno, embora a expectativa seja que o processo esteja concluído até o final do primeiro trimestre. A ansiedade é normal e não precisa (nem deve) ser rechaçada.
No entanto, caso a insegurança se torne permanente, passa a não ser mais uma reação saudável. Isso demanda intervenções para auxiliar o aluno a vencer suas dificuldades.
Dicas para ajudar nessa transição
- Explique a mudança para a criança
- Leve ela para conhecer a nova escola
- Divida suas experiências
- Evite fazer comparações entre as escolas
- Não fale demais
- Arrume tudo com antecedência
- Garanta que a criança esteja descansada
- Acalme a criança no primeiro dia de aula
- Não faça perguntas à criança sobre “como foi o seu primeiro dia de aula”
- Encoraje a superar desafios