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Cris Aguiar, especialista em terapia sistêmica familiar e autora do livro “Ninguém quer ser Madrasta!”, fala sobre famílias mosaico(Foto: Alexandre Chaym)

A composição social apresenta mudanças constantes, ainda mais em uma época acelerada como a que vivemos. De acordo com dados do IBGE, o número de casamentos em que pelo menos um dos cônjuges é divorciado vem crescendo de forma expressiva: passou de 12,9% em 2003 para 31,3% em 2023. Esse tipo de relação é conhecido como “famílias mosaico”.

O dado reflete uma realidade cada vez mais comum — a das famílias reconstituídas, formadas a partir de novos casamentos em que um ou ambos os parceiros trazem filhos de relações anteriores.

Essas famílias desafiam antigos modelos de convivência e convidam seus membros a desenvolver novas formas de vínculo, respeito e construção conjunta do cotidiano. Lidar com rotinas diferentes, criar espaço para o afeto e definir papéis dentro dessa nova dinâmica são temas que frequentemente chegam aos consultórios de psicologia.

De acordo com a psicóloga Cris Aguiar, especialista em terapia sistêmica familiar e autora do livro “Ninguém quer ser Madrasta!”, a reorganização da vida após o divórcio não termina quando cada um refaz sua trajetória amorosa. “Os filhos continuam sendo parte dessas histórias. Eles precisam lidar não apenas com a separação, mas também com a chegada de novas pessoas — companheiros, madrastas, padrastos — que passam a fazer parte do cotidiano e da dinâmica familiar”, explica.

Roda de conversa

Cris Aguiar convida leitoras e leitores para uma roda de conversa online, no dia 30 de outubro, às 19h. O encontro é exclusivo para quem adquirir o livro durante o mês de outubro — mas quem já comprou anteriormente também poderá participar, solicitando o acesso por mensagem no Instagram @madrastas_psicrisaguiar. O link será enviado pelo WhatsApp.

“Quando há filhos, o recomeço envolve mais do que a união de um casal — é o encontro de duas histórias, dois modos de educar e conviver. Essa nova família precisa encontrar o próprio jeito de funcionar, com tempo, escuta e respeito às diferenças”, explica Cris.

O objetivo da roda é abrir um espaço de troca e reflexão sobre os desafios e descobertas que acompanham as famílias reconstituídas. “Assumir o papel de madrasta ou padrasto é uma experiência que mistura amor, dúvidas e aprendizado. Falar sobre isso, com outras pessoas que vivem o mesmo processo, ajuda a compreender e ressignificar esse lugar dentro da nova família”, completa.

Construindo novos vínculos

Para os filhos, a chegada de um novo parceiro pode despertar sentimentos de insegurança ou ciúme, e é importante que o adulto compreenda que o vínculo precisa ser construído aos poucos, com respeito ao tempo da criança ou do adolescente.

“O novo companheiro não deve tentar substituir o pai ou a mãe. A relação se fortalece quando há autenticidade e espaço para o afeto nascer de forma natural”, orienta a psicóloga.

Segundo Cris, o sucesso de uma família mosaico passa pela capacidade do casal de manter o diálogo e fortalecer sua parceria.

Comunicação e limites claros: conversar abertamente sobre regras, finanças e educação dos filhos é essencial para evitar conflitos e fortalecer a relação.

A nova família: reservar momentos de qualidade a dois e equilibrar as demandas da vida familiar ajuda o casal a sustentar uma base sólida, que se reflete no bem-estar de todos.

Relação com o ex-cônjuge: quanto mais respeitosa for a comunicação entre os adultos, mais protegidos emocionalmente estarão os filhos.

Serviço

Roda de conversa – “Famílias Mosaico”
30 de outubro, às 19h
Online e exclusiva para quem adquirir o livro “Ninguém quer ser Madrasta!” em outubro
Solicite o acesso via Instagram: @madrastas_psicrisaguiar
Site: psicrisaguiar.com.br