30juliana_marins02
A brasileira Juliana Marins. Foto: ajulianamarins/Instagram

A necropsia do corpo de Juliana Marins, de 27 anos, foi feita nesta quarta-feira (2) pelo Departamento-Geral de Polícia Técnico-Científica (DGPTC) do Rio de Janeiro. A publicitária morreu após cair na trilha de um vulcão na Indonésia.

Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), o exame teve início às 8h30 e durou pouco mais de duas horas. O laudo preliminar deve sair em até sete dias. O corpo foi liberado para os familiares e será velado nesta quinta-feira (3) no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, bairro de Niterói (RJ), cidade onde mora a família de Juliana.

O velório vai começar às 10h e ficará aberto ao público até o meio-dia. Depois, haverá intervalo de meia hora e, das 12h30 até as 15h, a cerimônia ficará restrita a familiares e amigos. Posteriormente, o corpo de Juliana será cremado.

Questionamentos

Os pais da vítima questionaram os laudos feitos pelo país asiático e acionaram a Justiça para uma nova necropsia feita no Brasil. O Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto (IMLAP) realizou os exames, com a presença de representante da família e de um perito da Polícia Federal. A diligência ocorreu com a anuência do Estado.

A análise realizada na Indonésia apontou morte em decorrência de hemorragia interna, cerca de 20 minutos depois de uma das quedas, segundo Bagus Alit, médico legista responsável. Ainda de acordo com Alit, o exame do corpo não permitiu precisar após qual das quedas a morte ocorreu. Juliana caiu mais de uma vez. Horas após o acidente, drones de outros turistas a identificaram a 300 metros da trilha. Mas ela acabou resgatada a 600 metros de lá.

À BBC Indonésia, o médico chegou a afirmar que Juliana morreu quatro dias após cair da trilha no vulcão Rinjani. Mas a informação não recebeu confirmação ou detalhamento de autoridades.

Como foi o acidente?

Juliana caiu da trilha no dia 21 de junho, mas o resgate do corpo só ocorreu no dia 24. Os parentes da jovem acusaram as autoridades indonésias de demora e falta de empenho no resgate e também de divulgarem informações falsas.

A neblina e a geografia acidentada da região dificultaram a operação e também a aproximação de helicópteros da área.

Outros visitantes do parque do Monte Rinjani falaram em falta de estrutura de apoio e de informações sobre os riscos no local. O governador da região onde fica o parque admitiu estrutura insuficiente para fazer um resgate desse tipo.

Homenagens

O prefeito de Niterói afirmou nas redes sociais que a cidade fará na próxima semana diversas homenagens à jovem. “O mirante e a trilha de acesso à Praia do Sossego passará a levar o nome de Juliana, um lugar que ela tanto amava. Que Deus conforte e abençoe sua família”, disse Rodrigo Neves.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.