Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do governo Lula, disse que o governo está buscando equilíbrio para que “ecologia não brigue com economia”, ao anunciar 63 vetos na lei do licenciamento ambiental, que dividiu alas do governo.

“Desde que o licenciamento saiu do Congresso, ficamos em estado permanente de reunião”, declarou em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (8).

Ela explicou que existem instrumentos no licenciamento que trazem inovação, mas há “problemas” que precisam ser corrigidos no texto.

Já presente em alguns Estados, a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC) foi vetada para atividades com potencial médio de poluição.

Esse instrumento possibilita que o solicitante encaminhe, via internet, a documentação exigida pela legislação para avaliar se a atividade está sob o parâmetro ambiental.

O texto aprovado pelo Congresso estabeleceu que a LAC poderia ser entregue ao interessado quando a atividade ou o empreendimento for de pequeno ou de médio porte e, simultaneamente, de baixo ou médio potencial poluidor.

“Não haverá licenciamento ambiental monofásico ou simplificado”, declarou a ministra, argumentando que os procedimentos de verificação de potencial poluidor devem ser mantidos. “A participação de setores sociais demonstra como a questão ambiental é estratégica”, disse.

Ela comentou ainda que “mais de 70% da opinião pública” brasileira estava preocupada com os efeitos desta lei.