
O Mato Grosso vem se consolidando como o maior produtor de gergelim do Brasil, e a safra de 2025 deve reforçar ainda mais essa posição. Com mais de 70% da produção nacional concentrada no estado, o cultivo da semente oleaginosa se transformou em uma alternativa lucrativa para pequenos e médios produtores, especialmente nas regiões norte e nordeste mato-grossense.
A demanda internacional, puxada principalmente por países como China e Japão, tem aquecido o mercado e estimulado investimentos em tecnologia e manejo. Em cidades como Canarana, Água Boa e Querência, o gergelim já ocupa áreas que antes eram utilizadas para milho ou pastagem degradada.
Segundo técnicos da Empaer, a expansão se deve a dois fatores principais: o baixo custo de produção e a boa rentabilidade por hectare. Além disso, o ciclo curto da planta permite o uso eficiente do solo entre outras culturas, sem prejudicar o calendário agrícola.
O crescimento do setor é visto como uma forma de diversificar a matriz produtiva do estado e reduzir a dependência do milho e da soja. De acordo com especialistas, o Mato Grosso deve exportar mais de 70 mil toneladas de gergelim em 2025, com receita estimada em R$ 400 milhões.
Esse novo cenário evidencia o protagonismo do Mato Grosso como um dos estados mais estratégicos do agronegócio brasileiro. Além da soja e do milho, produtos como gergelim, amendoim, feijão-caupi e chia passam a ocupar espaço nas lavouras e nos mercados internacionais.
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