
O julgamento de Marcos Antonio Ramon e Wagner Cardeal Oganauskas, acusados de envolvimento na morte de Ana Paula Campestrini Oganauskas está marcado para começar nesta quinta (23), a partir das 8h30. Eles serão julgados no Tribunal do Júri em Curitiba.
Ana Paula foi morta em 22 junho de 2021 com 14 tiros. Segundo o inquérito, ela foi atraída até ao Clube Morgenau para fazer a carteirinha que daria acesso dela acesso aos treinos dos filhos na unidade. Quando saiu foi perseguida pelo atirador até a entrada do condomínio onde morava, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. Lá, ela foi abordada pelo homem que a perseguiu em uma motocicleta. Quando Ana Paula abaixou o vidro do carro, Marcos teria aproximadamente 14 vezes contra ela.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR), Wagner é apontado como mandante do crime, por homicídio com as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe e mediante pagamento. Wagner teria pago R$ 38 mil para que o amigo, Marcos, matasse a vítima. Ainda de acordo com o MPPR, Wagner não aceitava o novo relacionamento da ex-esposa, com uma mulher.
Marcos, apontado como atirador, é acusado pelos mesmos crimes de Wagner e também por fraude processual. O terceiro réu, Felipe Rodrigues Wada, é acusado de fraude processual, mas está solto e será julgado separadamente porque aguarda uma decisão do Superior Tribunal de Justiça.
Os dois réus, acusados de feminicídio, seguem presos desde a época do crime no Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
A defesa de Wagner Cardeal Oganauskas, informou em nota que desde o inquérito policial e ao longo de toda a instrução processual, sustenta a inocência de Wagner com base nos elementos constantes do processo: “A acusação contra Wagner se baseia em narrativas forçadas e elementos circunstanciais, incapazes de sustentar uma condenação dentro de nosso direito processual”.