Milhares de corredores foram Ă s ruas da capital da China neste domingo, 6, para o retorno da maratona de Pequim apĂ³s um hiato de dois anos devido Ă covid-19. As autoridades estĂ£o tentando restaurar um senso de normalidade, mantendo uma estratĂ©gia de “covid-zero” que bloqueia bairros quando qualquer caso de vĂrus Ă© encontrado e coloca em quarentena todos que chegam do exterior em hotĂ©is por sete a 10 dias.
Uma frustraĂ§Ă£o pĂºblica latente, que cresceu Ă medida que o resto do mundo se abre, foi alimentada por uma sĂ©rie de incidentes trĂ¡gicos – em vĂ¡rios casos porque as pessoas nĂ£o receberam atendimento oportuno para emergĂªncias mĂ©dicas nĂ£o relacionadas a covid-19.
Uma investigaĂ§Ă£o oficial em Hohhot, capital da regiĂ£o da MongĂ³lia, culpou a administraĂ§Ă£o de propriedades e funcionĂ¡rios da comunidade por nĂ£o agirem com rapidez suficiente para evitar a morte de uma mulher de 55 anos em um prĂ©dio fechado depois de saber que ela tinha tendĂªncias suicidas. O prĂ©dio havia sido fechado depois que dois casos de covid-19 foram encontrados hĂ¡ cerca de 10 dias.
Em contraste, o clima era otimista na maratona de Pequim. A participaĂ§Ă£o foi limitada aos moradores da cidade, com exceĂ§Ă£o de alguns corredores convidados. A mĂdia estatal chinesa disse que 30.000 pessoas participaram. Eles tiveram que ser vacinados, nĂ£o deixar Pequim por sete dias antes do evento e mostrar prova de um teste de vĂrus negativo nas 24 horas anteriores.
O nĂºmero de novos casos registrados em todo o paĂs subiu para 4.200 no sĂ¡bado. A estratĂ©gia de covid -zero manteve o nĂºmero de mortos baixo em comparaĂ§Ă£o com outros paĂses – 5.226 pela contagem oficial – e a maioria das pessoas pode se movimentar com relativa liberdade dentro de suas cidades com pouca chance de contrair covid-19.