O ex-presidente dos Barack Obama se manifestou nesta sexta-feira (19) contra as medidas que o governo de Donald Trump vem adotando contra a mídia. O posicionamento ocorre dois dias depois da suspensão do programa de Jimmy Kimmel.
Em uma sequência de stories feita em seu perfil do Instagram, o ex-presidente americano disse que a atual administração é do tipo “contra a qual a Primeira Emenda foi estabelecida”. “Depois de anos de reclamações sobre a cultura do cancelamento, a administração atual levou a situação para um novo e perigoso nível ao ameaçar rotineiramente tomar ações regulatórias contra companhias de mídia a não ser que elas calem ou demitam repórteres e comentaristas dos quais não gostam”, disse Obama. “As companhias de mídia precisam passar a se impor contra isso, ao invés de se render à situação”, acrescentou ele.
O Jimmy Kimmel Live!, que ia ao ar pela ABC, foi suspenso indefinidamente nesta quarta-feira (17) após Kimmel comentar a morte de Charlie Kirk, influenciador pró-Trump que foi alvejado na semana passada.
O que disse Kimmel
Kimmel disse em seu programa que “a turma do Maga [movimento Make America Great Again] está desesperada para caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa que não seja um deles e fazendo de tudo para tirar proveito político disso”. “Entre uma acusação e outra, também houve luto”, acrescentou.
Exibido desde 2003, o seu programa é o segundo talk show há mais tempo no ar com um mesmo apresentador na história da televisão americana.
O anúncio da suspensão foi feito pela empresa Nexstar, que detém afiliadas da ABC, que tem buscado a aprovação da Comissão Federal de Comunicações para uma grande fusão em andamento, que ampliaria o seu alcance televisivo para 90% dos domicílios americanos.
O motivo do imbróglio anterior era uma acusação de que a empresa teria transmitido uma entrevista, durante as eleições presidenciais, que favorecia a sua então adversária democrata Kamala Harris.