A RĂºssia promoveu o segundo dia de ataques contra infraestruturas portuĂ¡rias no sul da UcrĂ¢nia, incluindo terminais de grĂ£os e petrĂ³leo, segundo autoridades locais. O bombardeio visou a cidade de Odessa, dias depois de o presidente russo Vladimir Putin culpar a UcrĂ¢nia por um ataque Ă crucial Ponte de Kerch, que liga a RĂºssia Ă PenĂnsula da Crimeia. Putin tambĂ©m retirou Moscou do acordo de grĂ£os do Mar Negro, que permitia exportações da UcrĂ¢nia durante a guerra.
Ao menos 12 pessoas ficaram feridas com os novos ataques, de acordo com o exĂ©rcito ucraniano. Autoridades de emergĂªncia russas na Crimeia tambĂ©m informaram que mais de 2.200 pessoas foram evacuadas de quatro vilarejos por causa de um incĂªndio em uma instalaĂ§Ă£o militar. O incĂªndio forçou o fechamento de uma importante rodovia, de acordo com o chefe da penĂnsula nomeado por Moscou, Sergey Aksyonov. Ele nĂ£o especificou a causa do incĂªndio na instalaĂ§Ă£o no distrito de Kirovsky.
O governador Oleh Kiper disse que o ataque incluiu dezenas de mĂsseis e drones destinados ao porto. Fragmentos dos mĂsseis que foram abatidos atingiram prĂ©dios de apartamentos, resorts Ă beira-mar e armazĂ©ns, causando incĂªndios e ferindo vĂ¡rias pessoas. Regiões como Poltava, Kirovohrad, Kharkiv, Donetsk, Mykolaiv e Kherson tambĂ©m tiveram relatos de ataques.
A comunidade internacional reagiu ao novo ataque russo. A Ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, tuitou que “Putin nĂ£o apenas acabou com a iniciativa do Mar Negro de grĂ£os, agora ele atacou a cidade portuĂ¡ria de Odessa com uma chuva de bombas pelo segundo dia consecutivo.” Ela completou escrevendo ainda que, “Com isso, ele estĂ¡ privando o mundo de qualquer esperança de grĂ£os ucranianos. Cada uma de suas bombas tambĂ©m atinge os mais pobres do mundo”.
O secretĂ¡rio de Relações Exteriores do Reino Unido, James Cleverly, disse mais cedo que a saĂda da RĂºssia do acordo de grĂ£os mostra que o paĂs precisa ser derrotado na guerra, “caso contrĂ¡rio, o mundo enfrentarĂ¡ uma interrupĂ§Ă£o econĂ´mica ainda maior que afetarĂ¡ desproporcionalmente os mais pobres”, afirmou Cleverly, que destacou que o fim do pacto “atinge com mais força as pessoas mais pobres”. Fonte: AP e Dow Jones Newswires.