Nesta segunda-feira(17), as autoridades do QuĂªnia encontraram mais de 12 corpos sem vidas vĂ­timas de uma seita evangĂ©lica que prega a “salvaĂ§Ă£o da vida” por meio de jejum, que foi popularizado e liderado pelo pastor Paul Nthenge Mackenzie.

Assim, chega a 403 pessoas que foram mortas por seguirem a este tipo de prĂ¡tica pelo grupo. Segundo as autĂ³psias mĂ©dicas, alĂ©m da inaniĂ§Ă£o foram identificados nos corpos das vĂ­timas, entre elas crianças, indicadores de agressões, asfixia e estrangulamento.

As autoridades do paĂ­s ainda buscam corpos desaparecidos na regiĂ£o da floresta do Shakahola, local onde ocorreram as mortes e acreditam que este nĂºmero de vĂ­timas aumente.

O Massacre de Shakahola

Paul Nthenge Mackenzie era o lĂ­der da seita religiosa em que atraiu pessoas para a floresta de Shakahola prometendo aos seguidores a salvaĂ§Ă£o da alma e o encontro com Jesus por meio de um jejum que chegue a inaniĂ§Ă£o (estado de fome crĂ´nica). A jornada do ex-taxista Mackenzie começou em 2002 em um pĂ¡tio na cidade Malindi. Junto com Ruth Kahindi, que conheceu Mackenzie em uma igreja batista e o convidou para ir Ă  sua casa, eles formaram sua prĂ³pria instituiĂ§Ă£o religiosa, a Igreja Internacional das Boas Novas.

Os membros da seita religiosa abandonaram as suas casas e famĂ­lias acreditando na palavra do pastor em que falava sobre a chegada de um possĂ­vel apocalipse, atraindo-os para a Floresta de Shakahola territĂ³rio em que se propagava como o santuĂ¡rio para as almas, mas na verdade era o reduto de vĂ¡rios crimes cometidos.

O lĂ­der religioso estĂ¡ preso desde o dia 16 de abril e responderĂ¡ pelos crimes, entre eles o terrorismo. Mais 16 pessoas estĂ£o sendo acusadas de fazer parte da igreja participando como “vigia” dos seguidores para que nenhum fiel deixe de cumprir o jejum, ou escape da floresta.