abin paralela
Policia Federal cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão em cinco estados. (Divulgação)

Uma nova fase da operação que investiga a escuta irregular de autoridades cumpre mandados em Curitiba. Conhecida por “Abin paralela”, a organização criminosa fazia o monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas por meio de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro (PL).

A ação foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, 11 de julho, e faz parte da 4ª fase da Operação Última Milha.

Mandados são cumpridos em cinco estados

Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas cidades de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora (MG), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Nesta fase, as investigações revelaram que membros dos três poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Entenda a Abin paralela:

A investigação apura uma suposta espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência no governo Jair Bolsonaro (PL). Um dos alvos da ação em janeiro deste ano foi o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O filho “02” do ex-presidente teria recebido informações da suposta “Abin paralela”.

Na ação que resultou na apreensão de celulares e computadores, a Polícia Federal apreendeu computadores, celulares e uma arma.

A operação é um desdobramento da Operação Vigilância Aproximada, que vasculhou 21 endereços no último dia 25 de janeiro. O principal alvo da ofensiva foi o ex-diretor da Abin na gestão Bolsonaro e hoje deputado federal Alexandre Ramagem.

A investigação se debruça sobre a suspeita de que a Abin teria sido usada ilegalmente para atender a interesses políticos e pessoais do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua família.

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