Paraná

Abrabar divulga manifesto sobre caso de policial civil que atirou em bar de Curitiba; Sinclapol também emite nota

Mario Akira
policial civil beber

Se beber não ande armado, diz Abrabar (Divulgação)

O caso do policial civil que atirou contra um cliente de um bar em Curitiba na noite de sexta-feira (26) segue com polêmica. Neste sábado (27), a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) divulgou uma nota se manifestando sobre a ocorrência.

“Se beber, não dirija. E se beber, não ande armado”. A recomendação é de Fábio Aguayo, presidente da Abrabar, diante dos fatos envolvendo um disparo de arma de fogo feito por um policial que estaria de folga, acabou atirando em um cliente dentro de um tradicional bar de Curitiba. A vítima, um homem de 50 anos, foi alvejado no tórax e precisou ser internado em estado grave.

“Mesmo sendo agente público de segurança, 24 horas, faça consumo de bebida alcoólica na sua residência, não em locais com ambiente público”, ressaltou o presidente da Abrabar. “Sempre vai dar uma confusão, infelizmente.

“Então, se beber, não ande armado, se beber, não dirija!”, recomendou Aguayo. O incidente ocorreu no banheiro do estabelecimento localizado na Alameda Augusto Stelfeld, no centro de Curitiba. De acordo com informações preliminares, um policial civil que estava de folga disparou duas vezes contra um homem de 50 anos. A vítima foi socorrida por equipes de emergência e encaminhada ao Hospital Evangélico, onde permanece internada em estado grave.

Sindicato dos policiais civis divulga nota de repúdio

Também neste sábado, o Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) divulgou nota sobre o ocorrido, lamentando as declarações de Aguayo ainda na noite de sexta. “O Sinclapol vem a público manifestar seu repúdio às declarações precipitadas do presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (ABRABAR), divulgadas na imprensa após o episódio ocorrido no BarBaran, em Curitiba, na noite de sexta-feira.

É lamentável que, de forma leviana e sem o devido conhecimento dos fatos, um representante de entidade faça afirmações que criminalizam a conduta de um policial civil, antes da devida apuração dos fatos.

Por isso, o SINCLAPOL repudia de forma veemente as declarações irresponsáveis e infundadas do Presidente da Associação de Bares e Casas Noturnas que busca deslegitimar ações de profissionais da segurança pública.

Reiteramos nossa confiança na apuração transparente dos fatos pelas autoridades competentes, bem como nossa solidariedade ao policial civil envolvido, vítima de agressões covardes e de um julgamento irresponsável e precipitado perante a opinião pública”, diz a nota.

Normativa
Aguayo lembra que Curitiba já dispõe da lei 14.699, de 13 de julho de 2015, que proíbe a venda de bebida alcoólica pelas casas noturnas, bares e congêneres, às pessoas que estejam portando arma de fogo. Os estabelecimentos são obrigados a fixar placa informativa alertando: “É proibida a venda de bebida alcoólica pelas casas noturnas, bares e congêneres às pessoas que estejam portando arma de fogo, conforme Lei Municipal”.

Aqueles que estejam portando legalmente arma de fogo devem assinar um Termo de Identificação e Responsabilidade por Porte de Arma de Fogo. Devem ainda informar a identificação e responsabilidade, nome, números do R.G. e CPF, data e horário de ingresso, dados da arma e unidade em que serve e número de identificação profissional, quando se tratar de policial federal, civil ou militar, guarda municipal ou integrante das Forças Armadas