
Parte das circunstâncias de um atentado ocorrido na última semana no bairro Lindóia, em Curitiba, foram desvendadas nesta segunda-feira (22 de setembro), menos de uma semana após o crime. Na ocasião, um advogado, que não teve o nome revelado, quase foi morto por engano. Agora, descobriu-se que os criminosos confundiram ele com um outro homem, que estava no local para “namorar” com uma moça que havia conseguido uma quitinete emprestada com uma amiga.
A situação ocorreu na última terça-feira (16), por volta das 5h30, na Rua Mem de Sá. Os atiradores (eram três) primeiro dispararam contra um carro Jetta, estacionado na frente do imóvel, e em seguida invadiram o local. Nesse terreno, contudo, funciona uma empresa (que também serve de casa), onde o advogado dormia. Nos fundos, através de outra entrada, há quitinetes com vários quartos.
Ao invadirem a casa da frente, os bandidos buscavam pelo dono do Jetta. Quando entraram na casa da frente, contudo, se depararam com o advogado que, assustado, pulou do segundo andar da casa para fugir dos criminosos. “Quando os criminosos viram que ele não era o alvo, questionaram onde estava o “Diego”, e ele disse que não sabia. Os criminosos procuraram esse Diego, mas não acharam ele e, quando se preparavam para sair, efetuaram vários disparos no carro dele, o Jetta, e fugiram”, relata o jornalista João Frigério.
Onde estava o “Diego”?
O alvo real dos criminosos, entretanto, estava numa das quitinetes que fica nos fundos do terreno. A Polícia Militar (PM) encontrou ele em um dos quartos, onde estava uma garota. A jovem chegou a relatar que estaria só ela ali, onde moraria com uma amiga, mas ao entrar no quarto os policiais encontraram o tal Diego, escondido.
Ele resistiu à prisão e não quis passar o nome dele para os policiais. Na delegacia, através de impressão digital, porém, foi descoberto que ele estava foragido, com mandado de prisão em aberto. Ele foi encaminhado para a Cadeia Pública de Curitiba.
Já o advogado que pulou pela janela da casa se arrebentou na queda e foi levado ao hospital pelo pai dele.
Quitinete emprestada
Outro detalhe curioso é que tanto Diego como a garota que o acompanhava não moravam no local. Na verde, ela havia conseguido a chave do local com uma amiga, que é inquilina e está viajando. Ou seja, a amiga deixou a chave com ela, que aproveitou para levar o “boy” até ali.
Por conta de toda a situação, o pai do advogado, que é dono das quitinetes, informou que vai despejar a inquilina que emprestou a chave.