Agora é hora de procurar aulas de reforço escolar

Notas abaixo da média sinalizam sobre as dificuldades de aprendizagem do estudante

Por Ana Ehlert

Os primeiros resultados do terceiro trimestre do ano abaixo da média acendem um alerta para os pais. Nem sempre e aulas de recuperação, previstas na grade regular de alguns colégios particulares, são suficientes para o ano não ser perdido. Esse é o momento ideal para buscar reforço, orienta a pedagoga e doutora em Educação, Inge Suhr. Porém, a especialista alerta para a necessidade de que os pais saibam qual é o método da escola onde a criança estuda para buscar um reforço dentro da mesma linha educacional, para não atrapalhar ainda mais o aprendizado da criança.

Ela explica que para uma criança que frequenta uma escola como a Palmares, que utiliza o sistema construtivista, uma escola com o método Kumon não irá apresentar ganhos. Não estou dizendo que este ou aquele sistema de ensino seja melhor, mas que são diferentes e que devem ser observadas essas diferenças, esclarece. Ela ressalta que se a criança freqüenta uma escola como a Bom Jesus, por exemplo, o reforço pode ser buscado em uma que tenha o método japonês, pois ambas trabalham com a repetição em forma de exercícios como forma de fixação do conteúdo.

Depois de identificada a linha de ensino da escola, Inge afirma que é importante optar por conhecidos. Não estou falando de parentes, mas de uma escola de reforço que já tenha sido freqüentada por algum conhecido e que possa indicá-la, diz. A pedagoga alerta para o fato de há pessoas que usam as aulas particulares para reforço de renda, mas na maioria das vezes não estão preparadas para dar aulas de reforço.

Na dúvida sobre qual escola escolher, Inge orienta que os pais procurem a escola onde a criança está matriculada. Às vezes, conversando como professor, ele mesmo pode indicar alguém que conheça e que tenha capacidade para dar as aulas de reforço, orienta.  Ela ressalta ainda que o mais barato neste caso nem sempre é o melhor. Para escolher um professor, os pais devem conversar bastante com ele para conseguir medir a capacidade que este professor tem para administrar as aulas do reforço, afirma.


BRINCADEIRAS REVELAM APRENDIZADO
A pedagoga e doutora em Educação, Inge Suhr, alerta ainda para a necessidade de que os pais acompanhem todo o processo de aprendizado do aluno e não apenas cobre os resultados, com boas notas e tarefas feitas. Uma forma de saber se o filho está aprendendo é dar uma olhada no caderno de tarefas e, brincando, fazer perguntas para o filho sobre o assunto. Dessa forma o pai consegue medir se a criança está realmente aprendendo o conteúdo, além de mostrar interesse pelo o que ela está fazendo, não apenas pelo resultado, quando cobra uma boa nota, relata.

A pedadagoga ressalta ainda que desse modo os pais conseguem saber quais são as dificuldades dos filhos. E intervir na hora que é necessário, com a ajuda correta para atender as necessidades que esta criança tem, diz. Ela explica que esse acompanhamento é importante para que os pais consigam identificar se o problema na escola é apenas de aprendizado ou se é fruto de alguma coisa mais grave, como por exemplo, uma dilexia, hiperatividade ou até mesmo uma criança com altas habilidades.

Inge pontua ainda a importância de que os pais procurem a escola para saber como é o comportamento desta criança. Os pais não devem deixar para fazer isso apenas quando a criança apresenta um comportamento diferente, eles devem estar atentos ao filho o tempo todo, acompanhando o aprendizado da criança e demonstrando interesse pelas coisas que a criança faz. Isto também motiva a criança, conclui.

O valor médio da hora aula é de R$ 35, para o nível médio,  e para o nível superior, R$ 45. Os valores podem ter desconto quando o aluno fecha uma quantidade maior de aulas.


DICAS PARA OS PAIS