O aumento de casos de intoxicação por metanol, através de bebidas adulteradas, têm espalhado medo. Até este sábado, 4, o Paraná tinha três casos suspeitos notificados ao Ministério da Saúde pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA). Dois casos em análise são de Curitiba e um de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.
Para auxiliar a população, o Laboratório Multiusuário de Ressonância Magnética Nuclear da Universidade Federal do Paraná (LabRMN-UFPR) divulgou na última sexta, 3, que está realizando análise de bebidas alcoólicas para detectar a presença de metanol, após casos recentes de intoxicação pela substância.
Como solicitar a análise?
Os interessados na análise devem agendar um horário pelo e-mail labrmn@ufpr.br. Depois, basta comparecer ao laboratório no horário combinado. De acordo com o professor Kahlil Salome, vice-coordenador do LabRMN, uma amostra pequena, de 5ml, basta para a análise, que é feita na hora.
“Colocamos essa amostra em um porta amostra, que vai dentro do equipamento de ressonância magnética nuclear”, explica. “Nesse equipamento, a gente consegue diferenciar o que é etanol do que é metanol. A diferença química disso é muito pouca, mas dentro do corpo isso dá uma diferença muito grande”.
Riscos do metanol no organismo
O professor alerta para os riscos da substância no organismo:
“O metanol pode causar cegueira, inclusive levar a óbito. Ele irrita bastante o sistema digestivo, então tem vários problemas que, se estiverem na bebida, vão causar nas pessoas”, explica.
O LAbRMN está localizado no Departamento de Química, no campus Centro Politécnico da UFPR.