A Casa Afro-Brasileira é um dos projetos vencedores do 1ª Concurso de Trabalhos Finais de Graduação (TFGs), promovido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Paraná (CAU/PR). O trabalho produzido na Universidade Federal do Paraná (UFPR) tem como proposta fortalecer a comunidade afro-curitibana por meio da cultura, da educação, da inovação e do empreendedorismo.
A jovem recém-formada contou com a orientação dos professores Silvio Parucker e Marco Dudeque, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Federal. O TFG teve duas fases: a monografia e o projeto da Casa, idealizado para um ponto estratégico do Largo da Ordem, no Centro Histórico da capital paranaense. O espaço, na essência voltado à comunidade afro-curitibana, contempla todos os públicos.
Em algumas partes do edifício, o acesso seria mais restrito e controlado, para pessoas e empresas credenciadas ou com horário agendado. O ambiente coworking tem o propósito de receber empresas de afroempreendedores incubadas no local. Brenda informa que, no projeto que elaborou, o público em geral teria acesso às salas de exposições e de educação, ao café e ao auditório – entre outros ambientes. O centro do complexo é uma área aberta, com o objetivo de permitir diferentes fluxos e oferecer ligação com todos os edifícios.
A proposta da Casa Afro-Brasileira em Curitiba conecta um edifício cultural e educacional, um pequeno auditório e um centro de inovação e empreendedorismo. A combinação dos três espaços resulta em uma estrutura com atividades para serem desenvolvidas durante todo o dia, explica a autora. Para a elaboração do projeto, buscou referências na cultura, na arte e na arquitetura africanas, com a intenção de reconstruir alguns padrões no local, mas com o cuidado de evitar a caracterização extrema, como pontua.
Segundo a arquiteta e urbanista formada pela UFPR, a experiência de criar o projeto foi como um longo processo de autoconhecimento. O resultado final reflete sua personalidade autêntica. “Por buscar entender qual era meu lugar, nunca me identifiquei com o ensino de uma arquitetura eurocêntrica e, por isso, procurei respostas diferentes ao ensino tradicional, o que me motivou e trouxe descobertas impressionantes”, compartilha.
A perspectiva arquitetônica cujo o ensino Brenda relata não nutrir afinidade, está associada à maneira de explicar o mundo a partir da Europa e à interpretação de que o continente, sua história e suas questões são centrais em relação ao mundo.
Mais informações sobre a Casa Afro-Brasileira em Curitiba neste link.