A proximidade do período costumeiramente mais chuvoso do ano, entre meados da primavera e o início do verão, as chamadas chuvas de verão, Curitiba já se prepara para reduzir os danos com alagamentos e enchentes.
A Prefeitura mantém um programa permanente de limpeza e desassoreamento de rios, que acontece paralelamente às obras e serviços de macrodrenagem.
De janeiro a setembro de 2025, foram executados mais de 53 km de limpezas em diferentes trechos de rios e córregos, em quatro das seis bacias hidrográficas que cortam a capital: Atuba, Belém, Ribeirão dos Padilhas e Barigui. Duas bacias não receberam intervenções: Passaúna, por ser área de manancial que exige estudos técnicos antes de qualquer ação, e Iguaçu, cuja gestão cabe ao governo estadual, já que o rio atravessa vários municípios do Paraná.
PRO Curitiba
As ações de limpeza e desassoreamento fazem parte do PRO Curitiba, o maior programa municipal de investimentos na melhoria da cidade. No eixo de drenagem e prevenção de enchentes, o programa garante manutenção contínua de rios e córregos e a execução de grandes obras, como bacias de detenção nos rios Mossunguê e Atuba, condutos forçados nos rios Pinheirinho e Vila Guaíra e intervenções nos córregos Curtume e Av. Henry Ford.
Segundo o secretário municipal de Obras Públicas, Luiz Fernando Jamur, prevenção e preservação dos rios são as principais estratégias para evitar os danos causados pelas emergências climáticas.
“Trabalhamos constantemente para que a cidade esteja melhor preparada quando chegarem as chuvas intensas do verão. Esse trabalho é fundamental para dar mais segurança à população e reduzir os riscos de alagamento”, destacou Jamur.
Neste momento, equipes coordenadas pelo Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop) trabalham no desassoreamento do Rio Barigui, um dos mais importantes de Curitiba, que atravessa 18 bairros e margeia parques como o Barigui, Tingui, Tanguá e Cambuí.
O trabalho acontece em um trecho de aproximadamente 2 km, na CIC, onde já foram retirados cerca de 2 mil metros cúbicos de sedimentos desde setembro, o equivalente a 330 caçambas cheias. A previsão é concluir o serviço em novembro, com a retirada de aproximadamente 6 mil metros cúbicos de material do rio.
O trabalho conta com três escavadeiras que fazem a remoção dos resíduos no trecho entre a Avenida das Araucárias e a Rua Senador Accioly Filho.
Arroio Gleba da Ordem
Também passa por limpeza o Arroio Gleba da Ordem, em um trecho de 2,2 km entre as ruas Heron Wanderlei e Paulo Zinher, no Tatuquara. As limpezas permitem que um maior volume de água flua nos leitos, evitando alagamentos nas regiões próximas.
De acordo com o diretor do Departamento de Pontes e Drenagem da Smop, Paulo Victor Lucca, o impacto é direto na vida das comunidades.
“Somente no Rio Barigui, já retiramos um volume expressivo de sedimentos. Esse esforço garante maior capacidade de escoamento da água e traz benefícios para milhares de famílias que vivem próximas às margens”, afirmou.