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Centro Balístico da Polícia Científica (PCP) (Foto: Roberto Dziura/AEN)

A Polícia Científica do Paraná confirmou uma conexão entre crimes ocorridos no estado e no litoral de Santa Catarina por meio do Sistema Nacional de Análise Balística (SINAB). O cruzamento de vestígios balísticos revelou que projéteis encontrados nas duas regiões têm relação direta, apontando uma atuação interestadual do armamento utilizado.

O chamado “hit” ou “match” foi detectado na última semana e marca a 11ª correspondência interinstitucional envolvendo o Paraná desde que o estado passou a integrar o banco nacional, em 2022. Somente em 2025, laudos periciais já contribuíram com 126 investigações policiais.

Como é feita a análise balística

Para alcançar esses resultados, os peritos da Seção de Balística Forense colocam no Banco Nacional de Perfis Balísticos amostras de cada arma apreendida e de cada projétil ou estojo coletado em local de crime, e utilizam o Sistema Nacional de Análise Balística para fazer comparações com imagens de outros vestígios balísticos e de padrões coletados de armas de fogo de todo o País.

“Contudo, o trabalho de comparação em busca de um hit começa muito antes do material chegar ao laboratório. É durante a ocorrência, na cena do crime, que o perito de local faz a coleta dos vestígios. Posteriormente, junta-se os vestígios coletados em exames de necrópsia ou em hospitais e, então, realiza-se a triagem e o agrupamento dos vestígios balísticos. Esses materiais, que são registrados e custodiados, são encaminhados para os laboratórios, onde são processados de acordo com a sua natureza”, explica o chefe da Seção de Balística Forense, André Coelho.