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Após os perfis oficiais da Prefeitura de Curitiba e do governo do Paraná entrarem na trend dos bebês reborn nas redes sociais, neste domingo (18) foi a vez do ex-prefeito de Curitiba e atual secretário de Estado de Desenvolvimento Sustentável Rafael Greca. Ele postou nas redes sociais um vídeo feito com Inteligência Artificial no qual aparece com rosto de bebê cantando o Hino de Curitiba.

Em meio à polêmica da popularização dos bebês reborn (bonecas hiper-realistas que imitam recém nascidos) entre adultos, a prefeitura de Curitiba emitiu um comunicado bem-humorado em seu perfil oficial no Instagram alertando que carregar o brinquedo não dá direito a assento preferencial no transporte público.

“Mães de bebê reborn não têm direito ao banco preferencial”, escreveu a prefeitura nas redes sociais na semana passada. “A gente entende o apego, mas os bancos preferenciais são para públicos prioritários: obesos, crianças de colo, gestantes, idosos, pessoas com deficiência e pessoas do espectro autista. Os reborns são fofos, mas não garantem lugar no amarelinho, tá?”.

No post do perfil do governo do Paraná, uma ilustração de um bebê reborn alerta: “Sobre o atendimento de bebês reborn nas Upas e unidades de saúde. Não existe”. No texto do post, diz ainda: O Governo do Paraná acaba de confirmar o que muitos já suspeitavam: bebês reborn não são atendidos nas UPAs e unidades de saúde Sim, a gente entende — eles são lindos, têm nome, certidão de nascimento simbólica, roupinha combinando… Mas na hora do atendimento médico, só pra quem realmente precisa, ok? Nosso atendimento é todo voltado aos paranaenses de verdade — com batimentos cardíacos e cpf válido”.

Bebê reborn é o assunto da vez no TikTok

Nas últimas semanas, vídeos publicados no TikTok e no Instagram com adultos tratando bebês reborn como crianças de verdade, agendando consultas médicas, dando mamadeira, trocando de roupa, levando para passear e até tentando usar assento e filas preferenciais, têm viralizado.

A reportagem não conseguiu confirmar se os casos são reais ou apenas encenações para as redes. Mesmo assim, internautas têm tido discussões acaloradas sobre o tema. De um lado, há quem questione a sanidade dos adultos que supostamente têm tratado as bonecas como filhos “de verdade”. Já outros apontam um suposto viés machista nos argumentos.

“Me recuso a entrar na pauta do bebê reborn porque, na minha concepção, se tem homem de 40 anos vestindo camiseta do Superman e colecionando action figure, tá mais do que liberado brincar de boneca”, escreveu um usuário do X.

Congresso Nacional

A polêmica chegou até o Congresso Nacional e motivou a elaboração de novo projeto de Lei, apresentado na Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, 15. O texto, que ainda será discutido pelos parlamentares, prevê multa de até 20 salários mínimos para quem tentar conseguir, utilizando bebês reborn, qualquer tipo de benefício, prioridade ou atendimento previsto para bebês de colo.