Bicicletas chegam em primeiro no Desafio Intermodal

Redação Bem Paraná, com assessoria

Os participantes do II Desafio Intermodal de São José dos Pinhais, realizado ontem (25), Dia Nacional do Trânsito, não se intimidaram com a chuva, pois o clima desfavorável ao trânsito também faz parte da proposta de avaliar o deslocamento em horário de pico. A iniciativa, como de outras provas que ocorrem pelo Brasil, é mensurar qual o modal mais eficiente quanto ao custo, tempo e emissão de gás carbônico. A segunda edição do desafio são-joseense teve como inovação a entrada de veículos elétricos. A bicicleta elétrica foi o primeiro modal a completar o percurso, no mesmo trajeto do ano passado, Shopping São José – Terminal Central de Ônibus – Faculdade da Indústria São José dos Pinhais.

Eram 18h10, no mesmo local da exposição de bicicletas A 2ª Melhor Invenção do Homem, quando motoristas de carro, ciclistas, pedestres, passageiros de ônibus, participantes correndo, de moto, de bike elétrica e patinete elétrico deixaram o shopping até o ponto intermediário, no terminal de ônibus da Avenida das Américas. Com uma bicicleta elétrica, Guilherme Bernert chegou à faculdade após 16 minutos e 39 segundos, seguido pelos ciclistas em bicicletas convencionais Cristiano Rosa e Marcelo Czaya. Depois vieram desafiantes com carro, bicicleta, moto e o patinete elétrico guiado por Luiz Pinto Silva. Luiz chegou em 24 minutos e 20 segundos. Completaram a prova outros motoristas de carro, correndo, e passageiros de ônibus que chegaram juntos com 46 minutos e 46 segundos. Por fim, os últimos pedestres que fecharam o percurso em 52 minutos e 42 segundos.

A bicicleta convencional ou elétrica tem a vantagem de poder se deslocar pela direita no trânsito passando pelos carros, sendo que a segunda alcança maior velocidade, explica Guilherme Bernert, que destacou a eficiência ecológica dos modais irmãos. “Como a bicicleta convencional, trata-se de um veículo não poluente, acrescenta Bernert.

O piloto de patinete também ressalta as vantagens do seu veículo. Há cerca de dois anos, eu vi um skatista com um elétrico e comprei pela internet o patinete elétrico. O custo de investimento nem se compara com um carro e a economia em gasolina é enorme, explica Luiz Pinto Silva, que é funcionário público municipal.

Como no desafio de Curitiba, as bicicletas aqui em São José favorecem o grupo, pois os carros geralmente apresentam uma grande diferença de tempo entre eles, avalia José Carlos Belotto, organizador do desafio curitibano e um dos participantes do teste são-joseense. Belotto é o coordenador do Núcleo de Estudos do Trânsito da Universidade Federal do Paraná. No levantamento de 2013, o grupo de ciclistas fez parte do modal mais eficiente. Muitos dos desafiantes que se utilizaram de carro não conseguiram estacionar quando terminaram a prova e só assinaram a presença após desafiantes que chegaram correndo e de skate.

Outros participantes

Entre os servidores municipais, profissionais liberais e prestadores de serviço, estavam os empresários Sidnei Nascimento, que participou pela segunda vez, e Rodrigo Rocha Loures, que estreou na prova. Ano passado, fui de carro e desta vez correndo. Gostei muito de participar novamente porque é um trecho que fazemos quase que diariamente. Cada vez mais notamos diferentes necessidades de infraestrutura, comenta Sidnei Nascimento. Foi uma experiência bem interessante de andar no transporte coletivo e conversar com os passageiros, lembra Rodrigo Loures.

Dificuldades viárias

Após a chegada, os desafiantes preenchem um relatório apontando as vantagens e dificuldades encontradas quanto ao modal escolhido. As informações são base para a divulgação de um relatório enviado aos participantes, empresas e instituições parceiras e Poder Público.

Como ano passado, a precariedade nas calçadas e nos trechos de ruas asfaltadas, mais a iluminação insuficiente, fizeram parte dos depoimentos. Eu não faria o trajeto correndo nesta região porque neste horário a iluminação é precária e as calçadas são muito ruins, observa Kátia Velo,que foi correndo em 2013 quando participou como motorista.

Posicionamento, tempo e modal utilizados

1º bicicleta elétrica – 16min39s – Guilherme Bernert; 2º bicicleta – 19min17s – Cristiano Rosa ; 3º bicicleta – 19min32s – Marcelo Czaya; 4º carro – 19min40s – Christian Bundt; 5º bicicleta – 22min39s – José Carlos Belotto; 6º moto – 23min18s – Renato Jesus Alves; 7º patinete elétrico – 24min20s – Luiz Pinto Silva; 8º carro – 26min03s – Marcio Borges (motorista) e Patricia Rocha Borges (passageira); 9º corredor – 32min13s – Sidnei Nascimento; 10º corredor – 38min27s – Katia Velo; 11º – ônibus – 46min 42s – Rodrigo Rocha Loures; 12º – ônibus – 46min 44s – Franciele Theiss; 13º – ônibus – 46min 46s – Marcial Santos Neto; 14º – pedestre – 46min 50s – Luastel Neves; 15º pedestre – 46min52s – Rodrigo Palhano dos Santos; 16º pedestre – 52min40s – Paulo Roberto Nenevê; 17º pedestre – 52min42s – Kerli Zeiser Nenevê.