Na semana passada, Curitiba lançou as bicicletas compartilhadas da Tembici na cidade. A parceria entre o prefeito Rafael Greca e a diretora de Relações Externas da Tembici, Juliana Minorello, já está em uso há dez dias, mas dúvidas sobre o funcionamento ainda podem surgir.
Ao todo, são 20 estações e 250 bicicletas rosas espalhadas pela cidade. Segundo a Tembici, esse número deve dobrar até o final do ano. As bikes funcionam em um sistema de estações fixas e são liberadas por um aplicativo no celular, que está disponível no GooglePlay e na Apple Store. Até o momento, grande parte das estações fica na região central da cidade. Mas há outras em direção ao bairro Portão.
Com o aplicativo em mãos, o usuário deve realizar o cadastro e escolher um dos planos ofertados pelo app. Em Curitiba, os planos disponíveis são: avulso (R$5,99 por viagem), diário (R$13,90 por dia), mensal (R$24,90 por mês) e anual (R$ 249,99 ao ano). Além disso, devido ao recente lançamento, o app oferta uma promoção de 10 dias sem custo, que automaticamente se torna o plano mensal depois.
No app, o usuário consegue desbloquear a bike e utilizá-la pelo tempo disponível. No regulamento, a Tembici informa que o tempo extra será automaticamente cobrado no cartão do usuário. Na hora de devolver a bike, ela deve ser posicionada na estação, da forma como foi encontrada, até que a luz verde e o aviso sonoro mostrem que a devolução foi feita da forma correta.
Em caso de furto ou roubo, a Tembici pede que o boletim de ocorrência seja feito com o maior número de informações possíveis. Ele deve ser enviado no email da empresa no prazo de até 3 dias úteis. No entanto, em caso de perda, o usuário deverá indenizar a empresa num valor de até R $2.332,27, para bikes comuns, e R $4.000,00, para bikes elétricas.
A Tembici também informa que faz o monitoramento do inventário de bikes, então um funcionário da empresa pode abordar um usuário na rua para ter certeza que a bicicleta utilizada está devidamente cadastrada no app. No regulamento, disponível no site, a empresa informa todos os direitos e deveres do usuário das bikes da Tembici.
Diferentes tipos de estrutura cicloviária na cidade
- Curitiba tem 280,2 km de estrutura cicloviária implantada nas diferentes tipologias, entre ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e passeios compartilhados entre pedestres e ciclistas. Veja como funciona cada uma:
Ciclovia
- Espaço totalmente segregado, de circulação exclusiva de ciclistas. É separada fisicamente do tráfego dos demais veículos e dos pedestres. Quanto ao sentido de tráfego, a ciclovia pode ser unidirecional (quando apresenta sentido único de circulação) ou bidirecional (sentido duplo de circulação).
Ciclofaixa
- Espaço delimitado na própria pista (junto com os demais veículos), calçada ou canteiro, exclusiva aos ciclistas. Pode ser implantada no mesmo nível da pista de rolamento (ou da calçada ou do canteiro). Da mesma forma que a ciclovia, a ciclofaixa pode ser uni ou bidirecional.
- Ciclorrota
- É espaço compartilhado da via pública de circulação de bicicletas com veículos, criando condições favoráveis para sua circulação. Estão implantadas em áreas de tráfego lento e de ligação ao restante da malha cicloviária.
Passeio compartilhado
- Espaço da calçada destinado prioritariamente aos pedestres, onde os ciclistas dividem a mesma área. No compartilhamento com o pedestre, este tem a prioridade.
- O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que, “nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores”.
Lívia Berbel sob supervisão de Mario Akira