Curitiba tem três as espécies de ipês amarelos que podem ser encontradas nas ruas da Capital. Para notar as diferenças, é preciso um pouco de atenção. Com a copa mais arredondada e flores que formam grandes buquês, o Handroantus albus é mais utilizado em praças. Já o Handroanthus umbellatus, o que causa mais admiração quando floresce, tem sua copa em formato de guarda-chuva. A mais comum na arborização viária é a não menos impressionante Handroanthus chrysotrichus. Sua copa mais fina e floração com cachos menores não interfere na circulação de veículos e pedrestres, explica o engenheiro florestal Jaime Luiz Cobalchini, do Horto Municipal da Barreirinha.
Desde o final de agosto, o amarelo ouro dos ipês vem se destacando no cenário de Curitiba. Quando se fala em natureza não há regras, não é ciência exata, lembra o engenheiro florestal Jaime Luiz Cobalchini, do Horto Municipal da Barreirinha. Fatores como a quantidade de chuvas ou variações de temperatura podem influenciar o ritmo de aparecimento das flores amarelas. A quantidade e período de aparecimento depende também da espécie da planta.
Algumas, contudo, chamam mais a atenção. O ipê amarelo da Rodoviária de Curitiba até virou atração para curitibanos e turistas. A exuberante florada de uma das árvores mais famosas da cidade virou cenário para fotos. O plantio de espécies na cidade é feito de acordo com as características e funções das árvores. Elas podem servir para criar áreas de sombra, mas deve haver planejamento para que não haja interferência nos fios da rede elétrica ou no passeio, por exemplo. Nos últimos meses, só a Linha Verde ganhou mais 300 mudas de ipês amarelos.