Imagine que você está no motel. Acompanhado, naturalmente. As coisas estão começando a esquentar entre vocês, mas um cheiro de queimado começa a incomodar. De início, vocês não dão tanta atenção ao problema. Estão na piscina, numa área mais aberta, e imaginam que o cheiro vem de fora. Depois, quando decidem ir no banheiro, o susto: há um incêndio no local!
Pois foi exatamente essa a situação vivenciada por um casal de Curitiba na tarde deste sábado (30 de agosto). O relato é do advogado Demetrio César Tonon, que reclama pelos alarmes de incêndio do estabelecimento não terem tocado. O motel em questão, por sua vez, seria o Rick Motel, localizado em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
“A gente não estava no banheiro, mas na piscina. Sentimos cheiro de fumaça, mas achamos que vinha de fora. Quando abri a porta do banheiro, já estava cheio de fuligem no quarto, a parede já estava queimada. Um aquecedor tinha pegado fogo”, relata ele. “Só sobrou a parte de baixo do aparelho”, emenda ainda.
Ainda segundo Demetrio, depois do incêndio a equipe do motel retirou o aparelho derretido e fez uma limpeza no quarto. O estabelecimento também tentou não cobrar pelo serviço, mas o advogado insistiu em pagar. Além disso, ele também tentou contato com o Corpo de Bombeiros, mas não foi atendido, e reclama que a Polícia Civil e a Guarda Municipal não deram atenção para o caso.
“Não quiseram ir no local, falaram para fazer denúncia na Polícia Civil”, critica o advogado. “Nenhum sistema de alarme tocou. Nós estávamos do lado da piscina, com o teto solar aberto, então nós não percebemos [o incêndio começar]. Se estivesse dormindo, ia inalar aquele gás carbónico e ia morrer dormindo. Nossa sorte é que estávamos na piscina e não tínhamos entrado no quarto ainda”, finaliza ainda ele.