Três cidades do Paraná estão entre as 50 cidades brasileiras mais felizes em 2025. O ranking foi feito pela Revista Bula. Curitiba é a melhor colocada, em terceiro lugar, com nota 8,84. Maringá, no Noroeste do Paraná aparece em quinto lugar com nota 8,78 e por fim, Londrina, no Norte do Paraná, com nota 6,54, está na posição número 48.
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Curitiba, tecnologia e jeito de interior
Maior cidade do Sul do país, com quase 2 milhões de habitantes, Curitiba é referência em qualidade de vida e foi eleita a cidade mais inteligente do Brasil. Fatores que contribuem e muito para a nota 8,84 do ranking da felicidade. Contudo, apesar dos aspectos futuristas, a capital paranaense guarda muitas características de cidades do interior.
A influência dos imigrantes europeus, que ainda hoje mantêm suas raízes aqui e que deram de presente para a metrópole uma bela diversidade cultural e gastronômica, pode ser notada em todos os cantos da cidade, com restaurantes típicos, casas de artesanato, bosques, praças e parques de Curitiba.
A cidade também se destaca pelo eficiente transporte público e pela mobilidade urbana, além de uma forte produção artística.
Maringá, ampla área verde
Com praticamente 420 mil habitantes, Maringá, quinta cidade do Brasil no ranking da felicidade, é uma das poucas cidades do Brasil que consegue conciliar crescimento econômico e preservação ambiental. Planejada, com avenidas largas, ampla área verde e excelente nível de qualidade de vida, a cidade encanta quem a visita.
A mistura das colônias japonesa, alemã, árabe, portuguesa e italiana transformou a cidade numa pluralidade de culturas, com destaque para seus folclores e tradições.
Londrina, centro econômico e agrícola
Londrina é a maior cidade do Interior do Paraná, com 500 mil habitantes. Este importante centro econômico se destaca pela produção agrícola. A terra roxa, extremamente fértil, foi determinante para a fundação e o crescimento da região. Londrina é uma cidade moderna, dinâmica e desenvolvida, com um olhar para o futuro, sem esquecer de suas raízes e do meio ambiente. Por isso, algumas dos melhores passeios e cartões-postais são cercados pelo verde da Mata Atlântica.
Veja o ranking completo das cidades mais felizes do Brasil
1 — Joinville (SC) — Nota final: 8,91/10
2 — São José dos Campos (SP) — Nota final: 8,85/10
3 — Curitiba (PR) — Nota final: 8,84/10
4 — Gavião Peixoto (SP) — Nota final: 8,79/10
5 — Maringá (PR) — Nota final: 8,78/10
Maringá
6 — Vinhedo (SP) — Nota final: 8,68/10
Vinhedo
7 — Campinas (SP) — Nota final: 8,64/10
8 — Florianópolis (SC) — Nota final: 8,52/10
9 — Brasília (DF) — Nota final: 8,51/10
10 — São Caetano do Sul (SP) — Nota final: 8,41/10
11 — Valinhos (SP) — Nota final: 7,70/10
12 — Araraquara (SP) — Nota final: 7,67/10
13 — Recife (PE) — Nota final: 7,56/10
14 — Luzerna (SC) — Nota final: 7,46/10
15 — Sorocaba (SP) — Nota final: 7,43/10
16 — Jaguariúna (SP) — Nota final: 7,41/10
17 — Palmas (TO) — Nota final: 7,39/10
18 — Nova Lima (MG) — Nota final: 6,87/10
19 — Campo Grande (MS) — Nota final: 7,38/10
20 — João Pessoa (PB) — Nota final: 7,37/10
21 — Gabriel Monteiro (SP) — Nota final: 7,31/10
22 — Salvador (BA) — Nota final: 7,29/10
23 — Goiânia (GO) — Nota final: 7,25/10
24 — Presidente Lucena (RS) — Nota final: 7,25/10
25 — Itatiba (SP) — Nota final: 7,15/10
26 — Blumenau (SC) — Nota final: 7,10/10
27 — São Bernardo do Campo (SP) — Nota final: 7,10/10
28 — Paulínia (SP) — Nota final: 7,09/10
29 — Cuiabá (MT) — Nota final: 7,09/10
30 — Americana (SP) — Nota final: 7,04/10
31 — Pirassununga (SP) — Nota final: 7,01/10
32 — Jundiaí (SP) — Nota final: 7,00/10
33 — Piracicaba (SP) — Nota final: 6,98/10
34 — Hortolândia (SP) — Nota final: 6,96/10
35 — Taubaté (SP) — Nota final: 6,90/10
36 — Balneário Camboriú (SC) — Nota final: 6,87/10
37 — Belo Horizonte (MG) — Nota final: 7,38/10
38 — Pompeia (SP) — Nota final: 6,83/10
39 — Caxambu (MG) — Nota final: 6,82/10
40 — Indaiatuba (SP) — Nota final: 6,80/10
41 — Nuporanga (SP) — Nota final: 6,75/10
42 — Porto Alegre (RS) — Nota final: 6,72/10
43 — Santo André (SP) — Nota final: 6,68/10
44 — Águas de São Pedro (SP) — Nota final: 6,67/10
45 — Vitória (ES) — Nota final: 6,67/10
46 — São José do Rio Preto (SP) — Nota final: 6,62/10
47 — São Carlos (SP) — Nota final: 6,59/10
48 — Londrina (PR) — Nota final: 6,54/10
49 — Barueri (SP) — Nota final: 6,49/10
50 — São Paulo (SP) — Nota final: 6,34/10
Como foi feito o ranking das cidades mais felizes da Revista Bula
O levantamento foi feito com uma metodologia analítica que combina dados objetivos com variáveis subjetivas de bem-estar. Inspirado no modelo do World Happiness Report (WHR), publicado anualmente pela ONU, o estudo adaptou à realidade brasileira os critérios que determinam a qualidade de vida nas principais nações do mundo. O objetivo não é apenas identificar os municípios com os melhores indicadores sociais, mas revelar os territórios onde as pessoas efetivamente vivem com mais satisfação, segurança e equilíbrio. O WHR trabalha com seis variáveis centrais: PIB per capita, expectativa de vida saudável, apoio social, liberdade para fazer escolhas de vida, generosidade e percepção de corrupção. Esses fatores foram transpostos para o contexto brasileiro com o suporte de dados do IBGE, do Atlas Brasil, da PNAD Contínua, do Ministério da Saúde e de pesquisas de opinião como a Consulta de Bem-Estar Municipal (CBEM). A expectativa de vida em cidades como São Caetano do Sul (83,5 anos), por exemplo, supera a média nacional em mais de uma década, enquanto indicadores de confiança comunitária em municípios como Vinhedo e Maringá refletem níveis de coesão social comparáveis aos de países nórdicos.
Para ampliar a abrangência da análise, foram incorporados indicadores adicionais do Índice de Progresso Social Brasil (IPS), do Ranking de Competitividade dos Municípios, do Connected Smart Cities e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Aspectos como qualidade da saúde pública (cobertura de atenção básica, leitos hospitalares por habitante), desempenho educacional (IDEB, taxa de alfabetização), segurança (homicídios por 100 mil habitantes), sustentabilidade ambiental (saneamento, coleta seletiva, áreas verdes), mobilidade urbana, participação cívica e equilíbrio entre vida pessoal e trabalho foram ponderados.
A metodologia atribuiu notas de 1 a 10 para cada cidade em 12 dimensões, com pesos equilibrados para evitar a supervalorização de aspectos exclusivamente econômicos. A pontuação final resultou da média ponderada desses desempenhos. Cidades que se destacaram simultaneamente em fatores como longevidade, acesso à cultura, ambiente limpo, planejamento urbano e confiança institucional alcançaram as melhores posições. Joinville, por exemplo, lidera o ranking com uma combinação sólida de infraestrutura urbana, desenvolvimento humano, segurança pública e bem-estar social — revelando um modelo de cidade média em que a felicidade não é acaso, mas projeto.