
A Prefeitura de Cascavel tem reforçado o atendimento a pessoas com dependência química por meio de internações involuntárias. Esse tipo de medida é adotada quando o paciente não tem condições de decidir por conta própria e precisa de atendimento urgente. As internações ocorrem em clínicas especializadas, com avaliação médica e comunicação obrigatória ao Ministério Público, conforme determina a legislação.
Em 2025, já foram 45 internações, sendo 31 delas sem o consentimento do paciente. O município também encaminhou 39 pessoas para casas terapêuticas voltadas ao acolhimento voluntário. Em 2024, o número total de atendimentos em clínicas especializadas chegou a 83, com 40 internações involuntárias. Nas casas terapêuticas, foram acolhidas 124 pessoas.
Os atendimentos contam com recursos previstos no orçamento municipal, incluindo um aporte de R$ 600 mil neste ano. O objetivo é ampliar o acesso ao tratamento, principalmente para pessoas em situação de rua ou extrema vulnerabilidade.
De acordo com o secretário da pasta, Marcelo Silva, a internação involuntária é uma medida de último recurso, utilizada apenas em casos mais graves. “Nem todo dependente químico pode ser internado contra a própria vontade, mas muitas vezes a internação involuntária representa a única chance de um tratamento digno e seguro para aquela pessoa que perdeu completamente a autonomia sobre suas escolhas devido ao vício.”, afirmou.
Como fazer pedidos para internação
Os pedidos de internação podem ser feitos por familiares, profissionais de saúde ou órgãos públicos, inclusive por escrito. A cidade conta com clínicas credenciadas como a Reviver Homem Leão, Molivi, Renascer, Lar Dom Bosco e Centro Terapêutico Prover. As solicitações devem ser feitas na sede da Sesd, na Rua Clementino Miranda, nº 2100. O processo inclui avaliação médica em unidade de saúde para definir o tipo de tratamento necessário.