
Foz do Iguaçu se consolidou como protagonista na implantação do Centre Pompidou Paraná, primeiro museu internacional do estado. No sábado (6), a cidade sediou a 3ª edição do Museu-Escuta, encontro que reuniu moradores, artistas, professores, estudantes e gestores culturais para debater o futuro da instituição.
O evento aconteceu no pavilhão temporário montado no terreno onde será construído o museu. A população pôde apresentar propostas e expectativas, levantando pontos como mobilidade, integração com as escolas e a necessidade de que o espaço esteja conectado ao cotidiano cultural da cidade.
Para o produtor cultural Felipe Cavalcanti, a proposta precisa nascer enraizada em Foz. “O museu deve pertencer à comunidade local, e não apenas a um público visitante. É aqui que ele deve criar laços”, afirmou.
Arquitetura inspirada na identidade local
Na sexta-feira (5), o arquiteto Solano Benítez apresentou o projeto arquitetônico em uma masterclass para estudantes e profissionais. A proposta valoriza a terra vermelha da região, transformada em tijolos que unem tradição e inovação.
“Não é apenas arquitetura. É criar um espaço em sintonia com a vida da comunidade iguaçuense”, explicou Benítez.
Oficinas aproximam população da obra
Durante a semana, oficinas de tijolos reuniram crianças da rede municipal e estudantes da Unila, que produziram peças que farão parte do futuro museu. A atividade aproximou a comunidade da construção e fortaleceu o sentimento de pertencimento.
O programa de ativação será contínuo. Um edital de R$ 600 mil deve apoiar novas oficinas e projetos participativos nos próximos meses.