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Virar à esquerda em local proibido pode custar caro (Foto: PMC)

Fazer conversão à esquerda em locais onde a manobra é proibida continua sendo um dos erros mais comuns no trânsito de Cascavel. Mesmo sendo uma infração grave, com multa de R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), muitos motoristas ainda se arriscam e colocam vidas em perigo.

De janeiro a setembro de 2025, a Transitar registrou 7.571 notificações por conversão irregular, número expressivo, mas 76% menor que no mesmo período do ano anterior, quando foram mais de 32 mil infrações. A queda mostra que os motoristas estão cada vez mais conscientes dos riscos e das consequências dessa prática.

Educação e fiscalização para mudar hábitos

Segundo a Transitar, o resultado é fruto de ações educativas e campanhas de conscientização que vêm sendo reforçadas na cidade. A fiscalização também tem papel importante e é feita com radares eletrônicos em pontos estratégicos.

A coordenadora do Setor de Educação de Trânsito da Transitar, professora Luciane de Moura, lembra que as placas de proibição existem por uma razão clara: proteger vidas.

“As placas estão lá indicando a proibição. Na região central, além da faixa exclusiva de ônibus, temos a circulação de pedestres e as ciclofaixas. Ao tentar virar à esquerda, o motorista pode colidir com um ônibus, atropelar alguém ou provocar um acidente grave. Portanto, não é só a multa: é questão de preservar vidas”, destaca.

Regras implantadas desde 2019 continuam valendo

A proibição de conversão à esquerda foi implantada em 2019, durante a revitalização da Avenida Brasil e a criação da canaleta exclusiva para ônibus. A mudança exigiu novos trajetos em cruzamentos movimentados, como o da Praça do Migrante (acesso à Avenida Tancredo Neves) e o da Avenida Barão do Rio Branco.

Desde então, os motoristas precisam fazer o chamado “looping de quadra”, usando ruas alternativas para acessar o sentido desejado.

A conversão irregular, além de gerar multa, pode resultar em acidentes graves, especialmente nas áreas centrais de maior movimento, onde há ônibus, ciclistas e pedestres compartilhando o mesmo espaço.