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Há mais carros que motos no pátio (Foto: PML/Divulgação)

O pátio da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), em Londrina, abriga atualmente 879 veículos automotores retidos por motivos técnicos ou documentais. Estão no local 481 automóveis, 397 motocicletas e um caminhão. A maioria é composta por veículos de passeio e motos de baixa cilindrada. Parte do total está com bloqueio judicial, o que impede sua circulação.

O espaço, localizado na zona sul da cidade, foi criado em 2021 e funciona como área de guarda e depósito de veículos removidos em ações de fiscalização. A operação do pátio inclui atendimento ao público, liberação de veículos, orientação aos proprietários e realização de leilões.

A retirada dos veículos do pátio depende do pagamento de taxas municipais de remoção e estadia, além da regularização junto ao Departamento de Trânsito (Detran). Os valores variam conforme o tipo de veículo. Para automóveis, a remoção custa R$ 243,11 e a estadia diária, R$ 48,88. O limite máximo de cobrança é de 180 dias.

Fiscalizações retiram centenas de veículos das ruas

Entre 1º de janeiro e 16 de maio de 2024, foram removidos 269 carros, um caminhão e 260 motos. No ano anterior, foram apreendidos 2.103 automóveis, 642 motocicletas e 20 caminhões.

Os principais motivos para a apreensão são: ausência de licenciamento, abandono em vias públicas, mau estado de conservação e condução por pessoas não habilitadas. As operações são realizadas por agentes da CMTU, da Guarda Municipal e da Polícia Militar.

Os veículos apreendidos são levados ao pátio por meio de guincho. Segundo a CMTU, há segurança 24 horas no local, com portaria presencial, vigilância armada e monitoramento por câmeras.

Dívidas podem ultrapassar R$ 9 mil

Um carro parado no pátio por seis meses pode gerar uma dívida superior a R$ 9 mil. Apesar disso, segundo o fiscal da CMTU André Luiz Stabelini, poucos veículos ficam por tanto tempo. Alguns, apelidados de “Bambu”, são apreendidos após circularem de forma irregular com documentos em nome de terceiros.

Veículos com mais de 60 dias no pátio podem ser encaminhados a leilão. Em muitos casos, o valor arrecadado não cobre nem os custos acumulados no pátio.

Para a liberação, além das taxas, o proprietário deve apresentar o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV) válido, quitar os débitos e fazer os reparos necessários. Quando há comunicado de venda, a transferência de propriedade precisa ser concluída. A retirada só é permitida ao proprietário legal ou a representante com procuração.