
O Instituto de Habitação de Foz do Iguaçu (Fozhabita) está à frente de uma série de obras que somam mais de mil unidades habitacionais em andamento e um volume de R$ 200 milhões em investimentos. Criado em 2001, o órgão administra cerca de 8 mil imóveis e mantém aproximadamente 7 mil contratos ativos, consolidando-se como peça-chave na política habitacional da cidade.
Entre os principais projetos estão os conjuntos habitacionais Rita Lee, Elis Regina e Gal Costa, que somam 512 apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, nos bairros Morumbi e Panorama. Outro destaque é a construção de 42 casas no Jardim Primavera, no Parque Residencial Lagoa Azul, com investimento de R$ 7 milhões, financiado pelo programa Pró-Moradia e com recursos da prefeitura.
Um dos maiores projetos é o Moradias Vila Brás, executado em parceria com a Itaipu Binacional, a Parquetec e a Prefeitura. O plano prevê o reassentamento de 254 famílias que vivem em áreas de risco e a recuperação ambiental do Rio Poty, com investimento de R$ 76 milhões.
Mais moradias e urbanização a caminho
O Fozhabita também está em fase de negociação com a Caixa Econômica Federal para novos financiamentos de R$ 32,4 milhões voltados aos conjuntos Caieiras, Vila Maria e Jardim Remanso. Além disso, a urbanização do Jardim Niterói II, com investimento de R$ 1,6 milhão, e a construção de 100 casas no Lagoa Dourada, em parceria com a Cohapar, já estão previstas.
Regularização fundiária e projeto Moradia Legal
A regularização fundiária segue como um dos maiores desafios da autarquia. Um dos focos é a Ocupação Bubas, onde vivem mais de duas mil famílias em situação irregular. O processo envolve levantamento técnico e obras de infraestrutura para garantir segurança jurídica e melhores condições de vida.
Outra frente importante é o programa Moradia Legal, em parceria com o Tribunal de Justiça do Paraná. O objetivo é regularizar mais de 8 mil imóveis em situação irregular, contribuindo para o ordenamento urbano e aumentando a arrecadação de IPTU.
Estrutura administrativa preocupa em Foz
Apesar do volume expressivo de obras e investimentos, a estrutura administrativa do Fozhabita está defasada, conforme informações da prefeitura.
Desde 2002, a autarquia opera com apenas duas diretorias, acumulando responsabilidades e sobrecarregando a equipe. A ausência de uma estrutura adequada já foi apontada pelo Tribunal de Contas do Estado como um risco à boa gestão pública, considerando os milhões de reais sob responsabilidade do órgão.