Sanepar recorre emergencialmente a poço para garantir água em grande cidade do Paraná

AEN
poço

AEN

Um poço profundo existente em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, deve entrar em operação neste final de semana para contribuir com o sistema de abastecimento da cidade. A obra faz parte das medidas emergenciais adotadas pela Companhia.

Em Ponta Grossa, a Sanepar não tem conseguido atender a alta demanda de água tratada e, por isso, o centro da cidade por exemplo enfrentou a falta de água neste sábado, 22. A Sanepar tem realizado rodízios programados no município e informa que a suspensão do abastecimento é informada com cinco dias de antecedência.

A gerente geral da Sanepar na Região Sudeste, Simone Alvarenga de Campos, explica que por meio da ampliação da rede de abastecimento e interligações, o poço, de imediato, possibilitará o atendimento de cerca de 3,6 mil habitantes com a água tratada e distribuída, aliviando a demanda da atual Estação de Tratamento de Água de Ponta Grossa.

Segundo a gerente, ainda terá sequência outras intervenções para melhor aproveitamento da capacidade deste poço. Será realizada a substituição da bomba submersa da unidade, que permitirá um aumento de sua capacidade de produção para 250 metros cúbicos por hora, reservatório para tratamento, uma estação elevatória de água tratada e 3 mil metros de adutora, com 225 milímetros de diâmetro, possibilitando o atendimento de mais 8,4 mil habitantes.

“O material para a execução da adutora já está disponível e as equipes contratadas estarão mobilizadas para que no início da próxima semana, iniciem o seu assentamento”, informa Simone.

“Os equipamentos de bombeamento e elétricos estão sendo remanejados de outras unidades operativas da Companhia, e os projetos em fase final de elaboração, para a contratação da execução dos demais itens, de forma emergencial, ainda nos próximos dias. A previsão é a de que esta etapa seja realizada no mês de março”, adianta.

“Numa terceira etapa programada, a Sanepar fará a instalação de mais uma estação elevatória de água tratada e 500 metros de adutora, o que tornará possível ampliar a área de atendimento no poço para aproximadamente 18 mil habitantes. “Esta etapa ocorrerá logo após o término da etapa intermediária, devido à uma maior complexidade na execução da estação elevatória”, explica a gerente.

MEDIDAS EMERGENCIAIS –  Em atendimento à solicitação da Prefeitura, a Sanepar ajustou a forma de divulgação das manobras operacionais para manter o abastecimento de água. O monitoramento continua sendo feito diariamente e, após as análises técnicas, as manobras são realizadas.

O número de caminhões-pipa disponibilizado para atendimento emergencial a unidades essenciais de saúde, educacionais e prédios públicos também foi ampliado. Nesta última semana, foram transportados 1.432  litros de água através de caminhões-pipa, com capacidades de 12, 25 e 58 mil litros de água, para suprir a necessidade de abastecimento de hospitais, laboratórios, penitenciárias, escolas, Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), Unidades de Pronto Atendimento à Saúde (UPAS) e Universidades.

O alinhamento das necessidades está sendo feito diretamente entre a Sanepar e as secretarias municipais e  estaduais, de acordo com o cronograma das manobras.

“A Sanepar mantém todos os seus esforços para antecipar a execução das etapas finais da obra de ampliação do Pitangui, mas ainda depende da fabricação de equipamentos específicos e de grande complexidade como o Reservatório Hidropneumático, responsável por proteger a nova adutora, de mais de 7 quilômetros, já finalizada, contra golpes de aríete, fenômeno hidráulico que pode comprometer a tubulação”, detalha a gerente. 

Na última quinta-feira (20), a Sanepar também efetuou a entrega de 200 caixas-d’água para que a Prefeitura repasse às famílias em situação de vulnerabilidade social, cumprindo acordo firmado com a Diretoria Executiva da Companhia.