Idosos voltam a estudar em projeto de alfabetização em Umuarama

Aulas são ministradas no Lar Santa Faustina, no Parque Industrial

Editada por Isabelle Sales
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Umuarama inicia alfabetização de idosos com aulas no Lar Santa Faustina (Foto: PMU/Divulgação)

Umuarama, no noroeste do Paraná, iniciou a alfabetização de idosos. A ação começou na última quinta-feira (31), por meio do Programa Brasil Alfabetizado, e está sendo realizada em parceria com o Lar Santa Faustina, entidade sem fins lucrativos localizada no Parque Industrial.

O objetivo da iniciativa é levar o direito à educação para quem não teve oportunidade de estudar na infância ou juventude, oferecendo não apenas o aprendizado das letras, mas também acolhimento, reconhecimento e uma nova chance de reconstruir sonhos.

Mais do que aprender a ler e escrever

Para muitos dos participantes, aprender a ler e escrever representa muito mais do que adquirir uma nova habilidade. É um gesto de resgate da autoestima e da dignidade, depois de anos vivendo às margens do sistema educacional.

“O início do programa reflete o compromisso desta gestão municipal em combater o analfabetismo e restaurar a dignidade e a autoestima de cidadãos que, por muitos anos, ficaram invisíveis na sociedade”, afirmou a secretária municipal de Educação, Letícia Labiak.

As aulas estão sendo realizadas no próprio Lar Santa Faustina, um local que oferece um ambiente seguro, calmo e adaptado às necessidades da população idosa. O espaço foi escolhido justamente por já atender esse público.

Programa Brasil Alfabetizado

Criado pelo governo federal, o Programa Brasil Alfabetizado tem como principal objetivo erradicar o analfabetismo em todo o país. O programa é descentralizado e funciona em parceria com estados e municípios, o que permite que as aulas e os conteúdos sejam moldados de acordo com as características e desafios de cada comunidade.

Três em cada dez brasileiros com idade entre 15 e 64 anos não sabem ler e escrever ou sabem muito pouco a ponto de não conseguir compreender pequenas frases ou identificar números de telefones ou preços. São os chamados analfabetos funcionais. Esse grupo corresponde a 29% da população, o mesmo percentual de 2018.

Os dados são do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado em maio deste ano.