Londrina tem se consolidado como referência em inclusão feminina no mercado de trabalho. Entre janeiro e maio de 2025, a cidade foi a segunda que mais contratou mulheres no Paraná, com 3.104 admissões, ficando atrás apenas de Curitiba, que lidera com 9.862 contratações. Os dados são do Novo Caged e foram divulgados pelo Governo do Estado.
No ranking estadual, Londrina superou cidades como Toledo (2.568), Maringá (2.119), Cascavel (1.768), Ponta Grossa (742) e Foz do Iguaçu (707). Além disso, as mulheres ocuparam 54,38% dos 5.700 novos postos de trabalho gerados no município durante o período.
Um dos motivos para esse bom desempenho é o trabalho conjunto das Secretarias Municipais de Políticas para as Mulheres (SMPM) e do Trabalho, Emprego e Renda (SMTER). Por meio do Centro de Oficinas para Mulheres (COM), a SMPM oferece cursos e capacitações gratuitas para mulheres com 18 anos ou mais que moram em Londrina.
Apoio a mulheres em situação de vulnerabilidade
A SMPM também atua na inclusão produtiva de mulheres em situação de violência doméstica. Além do apoio social, a secretaria oferece capacitação profissional e estabelece parcerias com empresas para facilitar a inserção dessas mulheres no mercado de trabalho.
Outro diferencial é o projeto de orientação profissional, que ajuda as participantes a descobrirem suas áreas de interesse e talento.
Setores com maior empregabilidade feminina
As vagas para as alunas dos cursos são divulgadas em conjunto com a Secretaria do Trabalho, que também organiza encaminhamentos específicos para processos seletivos. Entre os setores que mais empregam mulheres em Londrina estão os serviços, com destaque para estética, beleza e produção de alimentos.
De acordo com o secretário municipal do Trabalho, Emprego e Renda, Cesar Makiolke, o crescimento da participação feminina no mercado está acontecendo em todos os setores da economia, inclusive na construção civil e em cargos de gestão.
Mulheres empreendendo com apoio público
Além do emprego formal, Londrina também aposta no incentivo ao empreendedorismo feminino. A Sala da Mulher Empreendedora, da SMPM, apoia quem quer abrir o próprio negócio. Para Makiolke, essa é mais uma porta de entrada para a independência financeira das mulheres.
“É um serviço que, além do mercado formal, permite que as mulheres empreendam e abram seus negócios. Além disso, no momento em que a gente realiza a interlocução das empresas com os trabalhadores, não fazemos distinção nenhuma de gênero, idade ou qualquer requisito demográfico para ocupar as posições. Respeitamos exclusivamente os requisitos técnicos de formação, o que possibilita que as mulheres acessem 100% das vagas que a gente oferta”, finaliza o secretário.