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(Foto ilustrativa: Vivian Honorato/PML)

A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina (SMS) emitiu um alerta epidemiológico devido ao aumento dos casos de hepatite A no município. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan-Net), entre janeiro e 20 de setembro de 2025 foram confirmados 17 casos, quase o dobro do total registrado em todo o ano de 2024, quando houve nove confirmações.

O alerta foi emitido após recomendação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que também identificou crescimento da doença em toda a 17ª Regional de Saúde, com destaque para casos mais graves em adultos jovens.

O que é a hepatite A

A hepatite A é uma infecção causada pelo vírus HAV, também chamada de “hepatite infecciosa”. Em geral, a doença é considerada benigna, mas a gravidade aumenta conforme a idade. A transmissão está ligada a saneamento básico, qualidade da água e dos alimentos, higiene pessoal e, em adultos, também pode ocorrer por relação sexual desprotegida, principalmente na prática de sexo oral/anal.

Prevenção e vacinação

A principal forma de prevenção é a vacinação. Em Londrina, a cobertura vacinal de crianças de 1 a 4 anos chegou a 78% até junho de 2025, enquanto no Paraná o índice é de 82,4%.

A vacina está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) para crianças de 15 meses a 4 anos. Também pode ser aplicada em grupos específicos nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), como pessoas com hepatopatias, portadores de HIV, pacientes imunodeprimidos e candidatos a transplante.

Usuários de PrEP, que utilizam medicamentos para prevenção do HIV, também podem se vacinar no Centro de Referência Bruno Piancastelli Filho.

Sintomas e transmissão

Os sintomas da hepatite A podem ser confundidos com outras doenças. Inicialmente, podem surgir náusea, vômito, diarreia, febre baixa, cansaço e mal-estar. Em seguida, pode aparecer icterícia (pele e olhos amarelados) e aumento do fígado. A transmissão acontece pela via fecal-oral, por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados, falta de higiene pessoal ou contato sexual sem proteção.